Um ano perdido

Um ano perdido

O ano de 2018 no Piauí deverá ser registrado em futuro breve como um ano perdido. Há evidências bastante grandes para essa afirmação. Uma delas poderá ser percebida no balanço da execução orçamentária anual, que o governo estadual ainda está a dever em sua totalidade, mas que indica ter havido investimento baixo em obras. Outro dado a apontar a queda na atividade econômica, que no Piauí depende firmemente de aportes financeiros públicos em custeio e investimento, está no balanço da Companhia Energética do Piauí - Cepisa, que registrou um recuo de 2,2% no consumo de energia. Esse indicador costuma ser usado de modo preciso para indicar retração na atividade econômica. Quando se olha de perto, o dado é ainda mais elucidativo, porque na área industrial, o recuo na compra de energia foi superior a 15%. Mas haveria o que celebrar? Certamente que sim, sobretudo em áreas que trafegam à margem das ações de governo, como o agronegócio, que em 2018 colheu a sua melhor safra em 10 anos, pelo menos, ou nos investimentos em energia limpa (solar e eólica), que até se valem de incentivos, mas que estão no Piauí muito mais pelas vantagens comparativas naturais que pela ação de governo propriamente dita.

Empresário Valdecy Claudino se desfaz das lojas do Paraíba e lucra no CrediShop (Foto: reprodução Google Maps)

Caso Fernanda

Cheira a grande reviravolta no caso sobre o assassinato da estudante Fernanda Lages as últimas revelações tornadas públicas no final de semana. 

Coisas do índio 

Será que o governador Wellington Dias está assinando as coisas sem ler? 
Porque ele assinou decreto nomeando Paulo de Tarso R G Neto para o cargo de diretor de Recursos Minerais do Idepi.
Mas essa diretoria foi extinta na reforma, da reforma, da reforma.

Chame o Kakay!

Marcelo Castro vai ter que chamar o advogado Kakay para não ver a sua casa cair com a decisão do ministro Fachin, STF, de que será julgado pela justiça federal. 
Marcelo é acusado de ter recebido R$ 1 milhão de propina. 

Prejuízo

No balanço anual da Cepisa, a empresa informa um prejuízo de R$ 99 milhões em 2018. Parece ruim, mas é melhor do que se deu em 2017, quando a companhia operou em um vermelho de R$ 199 milhões.

Olha, olha!

Daqui a pouco estarão os defensores do estatismo oneroso dizendo que a companhia era lucrativa etc. Não é bem assim. A empresa está agora recebendo mais investimentos. Em 2018, o volume investido (R$ 184 milhões) foi 7,3% superior ao ano anterior.

De boa

Valdecy Claudino vendeu para Magazine Luíza a operação do Armazém Paraíba no Pará e em parte do Maranhão, mas o empresário deve ter razões para sorrir, porque a operadora de cartões CrediShop, da qual é sócio controlador, teve lucro líquido no ano passado de R$ 32,3 milhões ante R$ 31,8 milhões em 2017.

Segurança

Na lista de nomeações a dar de pau que vêm sendo publicadas no Diário Oficial do Estado, foram relacionadas pelo menos 140 nomeações na Secretaria de Segurança, edição do DOE de 8 de maio, quarta-feira da semana passada.

Caneta cheia 1

Tem mais nomeações além das já contabilizadas que passam de mil: oito na Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapepi), 23 na Junta Comercial, 10 na Procuradoria Geral do Estado, 4 na Secretaria de Transportes, dois na Secretaria de Turismo, seis na Secretaria de Infraestrutura, cinco no DER.

Caneta cheia 2

Foram nomeados ainda sete pessoas na Secretaria de Governo, sete na Coordenadoria de Enfrentamento às Drogas, cinco na Fundação de Esportes, quatro na Secretaria de Mineração.

Calote

Que o governo estadual tem sido um mau pagador de fornecedores de bens e serviços, disso até as maçanetas do Karnak estão cientes. Mas o governo levar tombo é novidade. 
É o que se dá, porém, com tomadores de dinheiro do Piauí Fomento, a agência de crédito mantida pelo governo estadual.

Devo...

Segundo o balanço da Piauí Fomento, divulgado semana passada, os tomadores de dinheiro parecem ter tomado gosto pelo não pagamento. O índice de inadimplência foi de 76,98%, um salto gigantesco na comparação com 2017, quando 21,23% dos tomadores de empréstimos estavam atrasados em seus pagamentos.

Sem dinheiro

O Tesouro Estadual, perdido em seu mar de problemas fiscais, não fez nenhum aporte de recursos no ano passado ao Fundo Garantidor aos Micro e Pequenos Empreendimentos do Estado do Piauí (Fungep).

Mais dinheiro

De tanto demorar na execução, a obra de alargamento da ponte sobre o riacho Natal, no acesso à cidade de Monsenhor Gil pela BR-316, foi reajustada em mais de 20%. Com acréscimo de R$ 162 mil, a obra agora vai custar R$ 975,6 mil.

Palha Dias

O advogado criminalista Palha Dias será revisor de uma mesa de debates durante o X Encontro Brasileiro de Advocacia Criminal, marcado para acontecer na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, entre os dias 6 e 7 de junho.

Bons ventos

A Eólica Pedra do Sal, da cidade de Parnaíba, divulgou semana passada seu balanço anual relativo a 2018, com lucro líquido de R$ 9,5 milhões - maior que o registrado em 2017, quando a empresa teve resultado positivo de R$ 7,9 milhões.

Ping-Pong

Dívida e insônia

A historia envolve dois descendentes de árabes no Piauí, chamados aqui de Carcamano 1 e Carcamano 2. O primeiro passa noite acordado por não saber como pagar R$ 20 mil que deve ao segundo. A mulher dele, preocupada, aproveita e faz uma ligação para o Carcamano 2. Depois da conversa, volta para a cama.

Carcamano 1: “Para onde você foi?”
A mulher: “Fui falar com o seu credor...”
Carcamano 1: “E o que você disse pra ele?”
A mulher: “Disse que você estava devendo, mas que não iria pagar”
Carcamano 1: “E ele?”
A mulher: “Agora ele é que ficou sem dormir”.

Expressas

Robert de Sousa Alves, que respondia pelo expediente como diretor do Hospital Regional de Campo Maior, foi confirmado no cargo.

A Secretaria de Meio Ambiente autorizou o funcionamento de uma carvoaria na zona rural de Marcos Parentes.

A iluminação das vias de acesso ao residencial Jacinta Andrade, zona Norte de Teresina, simplesmente não existe.

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