Olho na despesa

Olho na despesa

Amanhã, quando for falar aos deputados estaduais, em seu discurso anual diante da Assembleia Legislativa, Wellington Dias deverá falar muito, mas muito mesmo, na necessidade de se manter o equilíbrio fiscal. Medidas de contenção de custos da principal receita estadual, a de pessoal, já vêm sendo adotadas de modo administrativo, devendo haver um esforço ainda maior para que não se implantem qualquer benefício a servidores, como mecanismo de limitar a despesa de pessoal. O governo quer destravar um pedido no Supremo Tribunal Federal para usar um dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal que permite reduzir salários com respectiva redução de jornada de trabalho de servidores. Mas para além disso, o governo deverá agir de maneira didática cortando a estrutura administrativa, as despesas com salários de pessoal comissionado e com benefícios como as condições especiais de trabalho. Tudo isso feito, no entanto, ainda não será suficiente para dar cabo de muitos gastos salariais que, pela sua natureza legal, não podem ser cortados, sob pena de uma enxurrada de ações judiciais. No que mais pode fazer, o governo tem que agir com exemplos muito duros, afastando-se da natureza fisiológica com que ficou marcado no último mandato, quando criou cargos para acomodar aliados políticos.

Ciro Nogueira, ontem no Senado: voto secreto é positivo em Câmaras Municipais

Davi 1

O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, não tem curso superior. Ele abandonou o curso de Engenharia Mecânica. É o primeiro judeu e também primeiro senador nascido no Amapá a presidir o Senado, já que José Sarney, duas vezes presidente da Casa enquanto senador por aquele Estado, é maranhense.

Alcolumbre é eleito presidente do Senado (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Davi 2

Alcolumbre será o primeiro não emedebista a presidir o Senado desde 2001, quando o baiano Antônio Carlos Magalhães, do PFL, atual DEM, deixou a cadeira para Jáder Barbalho (PA), do então PMDB, atual MDB.

Cavalo do Cão

“Eu não sou o Jean William (sic!). Eu não vou renunciar ao meu mandato”, disse Renan Calheiros, ontem, retirando sua candidatura a presidente do Senado. Ele já estava derrotado quando anunciou a disposição de não ser candidato e de ser o Cavalo do Cão, segundo suas próprias palavras, em oposição ao governo Bolsonaro.

Polícia

Com um coronel e um delegado eleitos senadores, ficou ruim para o senador que depositou a 82ª cédula na urna para a escolha do novo presidente do Senado. Já foi pedida a imagem de câmeras do plenário. Vem por aí, portanto, a operação abafa o caso.

Olha, olha!

Ontem, no calor da votação para a escolha do novo presidente do Senado, Ciro Nogueira, que defendeu voto secreto, alertou para o fato de que essa prerrogativa, se eliminada do Legislativo em todas as suas instâncias, poderá ser danosa para Assembleias Legislativas e, sobretudo, para Câmara Municipais.

Pressão

Ciro disse que a retirada da votação secreta vai aumentar a pressão de governadores e prefeitos e na escolha de dirigentes de legislativos nos Estados e nos municípios, fragilizando o poder das Assembleias e Câmaras Municipais.

Renan Calheiros (Foto: reprodução internet)

Renan, Renan!

Ontem, no seu discurso em defesa de sua candidatura a presidente do Senado, Renan Calheiros citou o verso inicial do Hino da Independência: “Brava gente, brasileira/longe vá temor servil”.
Talvez como carta de seguros não foi adiante: “Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil”.

Grêmio

Como disseram os próprios senadores, o que aconteceu ontem foi uma vergonha. Uma votação com 81 eleitores e 82 votos numa urna. Nem em centro acadêmico de universidade tem tanta bagunça.

Por mérito

O novo governo promoveu o piauiense Osvaldo de Deus para compor a Assessoria Especial do Presidente da República. Ele já atuava na gestão passada e teve a ascensão motivada por questões puramente técnicas, como vem apregoando essa nova gestão.

Crise

Há um apagão na segurança pública na Planície Litorânea, onde, segundo os próprios policiais, houve corte de um terço no abastecimento de viaturas. Assaltos em série têm sido registrados em Luís Correia, onde na sexta-feira um casal foi ferido a bala durante um assalto no quebra-mar.

Folha

O Legislativo informou oficialmente na semana passada seus gastos com pessoal em 2018: R$123.596.439,28, o que corresponde a 1,43% sobre a receita corrente líquida do Estado. Segundo o balanço apresentado, a Alepi poderia ter gasto até R$ 172,5 milhões ou 2% da receita corrente líquido

Trairagem

O vice-prefeito Wilton Matos de Lagoa do Piauí diz a quem lhe der ouvidos que o prefeito Antônio Neto o traiu. O prefeito teria rompido compromisso de apoiar Matos para lançar o sobrinho Mauro Jr. como candidato à sucessão dele em 2020.

Regina Sousa (Foto: Tamyres Rebeca/Governo do Piauí)

Lupa

No penúltimo dia de janeiro, Regina Sousa, como governadora interina, assinou decreto criando um grupo de trabalho para auditoria da folha salarial do Estado, com representantes das Secretarias de Fazenda, Administração e Previdência, Governo, Procuradoria-Geral do Estado, Agência de Tecnologia da Informação e Controladoria-Geral do Estado.

Fuga

Um homem identificado como “Mela Pinto” fugiu ontem à tarde de uma cela da Delegacia Regional de Polícia Civil de Esperantina. Ele teria quebrado o combogó da cela e fugido. 
Também com um apelido desses o bicho deve ser escorregadio.

Ping-Pong

Os vendedores de carros

Defensor de vários puxadores de carro na década de 70, o advogado Antônio Dias determina a seu estagiário Miguel Dias, que crie uma pasta com as petições sobre o assunto e, para ninguém saber, a identifique com os números 171, que no Código Penal, é o artigo que trata do crime de estelionato. Certo dia, ao receber várias pessoas acusadas de roubo de carros, Antônio Dias chama Miguel.

Antônio: “Traga a pasta 171...”
Miguel (já esquecido): “É aquela dos puxadores de carro?”
Antônio: “Não, é a dos vendedores de carros irregulares”.

Expressas

A Prefeitura de Corrente prepara um concurso para o primeiro semestre deste ano. Deve contratar em março a empresa que vai realizar a seleção.

Renan Calheiros derrotado no Senado é um dos sinais muito claros do fim da chamada Nova República, iniciada em 1985.

Aquela concertação está vivendo seguramente os seus últimos dias, sendo deixada de lado não se sabe bem pelo que.

Comente

Pequisar