Mulheres ganham em média 17,0% a menos que homens, diz IBGE

A pesquisa também revelou que as mulheres ganham menos que os homens em 82% das áreas de atuação

Por Dominic Ferreira,

 As mulheres no Brasil continuam a enfrentar uma significativa disparidade salarial em relação aos homens, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) revelou que, em 2022, as mulheres receberam, em média, 17,0% menos do que os homens. Especificamente, os homens tiveram um salário médio mensal de R$ 3.791,58, enquanto as mulheres ganharam R$ 3.241,18.

Foto: Reprodução/FreepikA pesquisa também revelou que as mulheres ganham menos que os homens em 82% das áreas de atuação.
A pesquisa também revelou que as mulheres ganham menos que os homens em 82% das áreas de atuação.

“Sob outra perspectiva, ainda destacando essa diferença observada nos salários quando se analisa o sexo, é possível dizer que as mulheres receberam, em média, o equivalente a 85,5% do salário médio mensal dos homens”, afirmou Eliseu Oliveira, analista da pesquisa.

A pesquisa também revelou que as mulheres ganham menos que os homens em 82% das áreas de atuação. O levantamento do IBGE observou que o pessoal ocupado assalariado nas empresas era composto por 54,7% de homens e 45,3% de mulheres. Em termos de ocupação por setores, os homens dominaram áreas como Construção (87,6%), Indústrias extrativas (84,2%) e Transporte, armazenagem e correios (81,7%). Por outro lado, as mulheres foram maioria em Saúde humana e serviços sociais (74,8%), Educação (67,3%) e Alojamento e alimentação (57,2%).

A pesquisa CEMPRE mostrou ainda que, em 2022, 69,6% das empresas (equivalente a 6,6 milhões) eram formadas apenas por sócios e proprietários, sem pessoas assalariadas. Estas empresas empregavam 13,5% do total de 63,0 milhões de pessoas ocupadas e pagaram R$ 8,6 bilhões em salários ao longo do ano, registrando um salário médio mensal de R$ 2.454,36, ou 2,0 salários mínimos.

Por outro lado, havia 2,9 milhões de empresas com pessoas assalariadas, representando 30,4% do total. Estas empresas empregavam 86,5% do pessoal ocupado total e pagaram 99,6% dos salários, atingindo um salário médio de R$ 3.548,12, ou 2,9 salários mínimos.

Fonte: Correio Braziliense

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