50 famílias ocuparam terreno função social na zona sul de Teresina

Os ocupantes ficaram indignados com a presença de da polícia e segurança privada

Por Dominic Ferreira,

Cerca de 50 famílias ocuparam um terreno sem função social na Av. Gil Martins, zona sul de Teresina, desde o último domingo (5),  e foram confrontadas por seguranças privados, que mais tarde foram reforçados pela Polícia Militar, apesar da falta de documentos que comprovassem a posse privada do local. Até o momento, não havia ordem judicial para a intervenção, e os seguranças chegaram a confiscar pertences das famílias.

Foto: Reprodução/O Corre diárioAs famílias de ocupantes ficaram indignadas com presença da policia e segurança privada no local.
As famílias de ocupantes ficaram indignadas com presença da policia e segurança privada no local.

A presença da segurança privada, acompanhada posteriormente pela polícia, gerou indignação entre os ocupantes e apoiadores. Mesmo diante da falta de comprovação de propriedade, os responsáveis pela segurança alegavam estar agindo dentro da legalidade devido à suposta regularidade do IPTU. Entretanto, nenhum documento concreto foi apresentado para validar essa alegação.

Três indivíduos se apresentaram como proprietários do terreno, incluindo o deputado Jadyel Alencar, na manhã desta segunda-feira (6). No entanto, as circunstâncias em torno da propriedade permanecem obscuras, com relatos conflitantes sobre a titularidade do local.

O advogado popular, Sammuel Santos, presente durante os acontecimentos, documentou a situação em suas redes sociais, destacando a falta de fundamentação legal para a ação da segurança privada e da polícia. A conselheira estadual de Direitos Humanos, Carla Mata, também prestou apoio às famílias, enfatizando a ausência de provas de propriedade formal por parte dos supostos donos do terreno.

Após o episódio, as famílias realizaram uma reunião com a Secretaria de Relações Sociais para apresentar suas demandas e relatar suas experiências. O encontro contou com a presença de advogados populares, representantes de movimentos sociais e defensores dos direitos humanos. Foi agendada uma reunião para o dia 8 do corrente mês com a Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) para discutir a situação das famílias ocupantes.A ação levantou questionamentos sobre os direitos de propriedade e o papel das autoridades públicas na proteção dos mais vulneráveis socialmente. O caso evidencia a luta contínua por moradia digna e o embate entre interesses econômicos e direitos humanos básicos.

As informações foram reiteradas através do "O Corre é Diário", uma plataforma de comunicação popular que busca ampliar o acesso à informação e promover debates sobre questões sociais e políticas locais.

Fonte: O Corre Diário

Comente

Pequisar