Conselho da UFPI se reúne nesta quarta para homologar resultado de eleições

Nesta quarta-feira (26) o Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) se reúne no campus de Teresina para homologar a consulta comunitária realizada recentemente para escolha de novo reitor. A reunião também deve convocar um novo encontro para formar a lista tríplice que será enviada ao Ministério da Educação (MEC) para a escolha da nova reitora da instituição. No entanto a chapa vencedora, em carta aberta, afirma que há risco do resultado da eleição ser desrespeitado.

Neste ano, três mulheres encabeçaram as chapas para a reitoria. A professora Nadir Nogueira foi a mais votada na consulta feita à comunidade universitária. A professora do curso de Nutrição obteve 48% dos votos.

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Foto: UFPI

Chapa vencedora denuncia suposta tentativa do reitor de não respeitar a consulta pública realizada 

A chapa 2, liderada por Nogueira e com Edmilson Moura como candidato a vice-reitor, denunciou em carta aberta à sociedade uma suposta estratégia para não respeitar o resultado da consulta eleitoral aos professores, servidores e alunos da UFPI.

Segundo a chapa, a reunião do Consun desta quarta-feira pode resultar na não homologação do resultado da consulta ou na não aprovação das contas da chapa vencedora, o que pode levar à união das chapas 1 e 3 e à inclusão do próprio reitor na lista tríplice a ser enviada ao Governo Federal. O reitor supostamente estaria tentando ser indicado pelo presidente da República devido a conexões próximas com o presidente.

A eleição na universidade deve orientar o Consun na formação da lista tríplice, respeitando os três nomes mais votados. Cabe ao presidente da República escolher entre os indicados no documento. O escolhido deve tomar posse ainda neste ano.

Denúncias da chapa vencedora

A chapa 2, de Nadir Nogueira, denunciou uma série de irregularidades e tentativas de manipulação do processo eleitoral. Segundo a denúncia, o reitor aprovou a Resolução nº 192/2024, alterada pela Resolução 201/2024, no Consun, onde possui a maioria dos votos. Além disso, acusam o reitor de simular uma disputa interna, lançando duas candidatas de sua gestão (chapa 1 e chapa 3) para participar da consulta eleitoral.

A carta aberta aponta que o reitor apoiou inicialmente a chapa 3, mas mudou seu apoio para a chapa 1 na reta final da campanha. Acusam ainda que o grupo da chapa 1 utilizou o e-mail institucional para pedir votos e fez propaganda irregular no Instagram um dia antes da eleição.

Apesar das denúncias, a Comissão Eleitoral concluiu os trabalhos sem apontar irregularidades, reconhecendo a vitória da chapa 2. No entanto, após a eleição, surgiram novas acusações contra a chapa vencedora, e o reitor anexou essas denúncias ao processo, devolvendo-o à Comissão para nova análise. A Comissão manteve seu relatório inicial, sem alterações.

O reitor também teria nomeado o coordenador da campanha da chapa 3 como pró-reitor e o designou relator do processo de homologação da consulta no Consun. Esse relator, segundo denúncia da chapa, já expressou juízo de valor publicamente, manifestando a intenção de não aprovar as contas da chapa 2.

Fonte: Portal AZ