Atualizada as 16h27

O Tribunal de Justiça do Piauí decidiu por unanimidade pela expulsão e perda de patente do capitão Alisson Wattson da Silva Nascimento. O pleno é composto por 11 desembargadores e todos votaram a favor acreditando que a conduta do capitão Alisson é incompatível com o oficialato. 

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“A questão fundamental é essa, não tem sentença transitado e julgado, e os desembargadores já julgaram dessa forma. Se ele for considerado inocente, ele já mais disse que era réu confesso, quer dizer, moral da história o desembargador acusou ele, já condenando ele, capitão Allisson foi injustiçado, não merecia, eu não esperava isso, estou indignado com essa decisão, feriu todos os princípios”, afirma advogado de defesa Pitágoras Veras Veloso. 

Julgamento no TJ-PI(Adriana Oliveira/Portal AZ)

O pai de Camilla Abreu, Jean Carlos Abreu afirma que o resultado obtido no Tribunal de Justiça do Piauí alivia um pouco a dor da família. 

“Já é meio caminho andado, temos só que agradecer ao Tribunal de Justiça que por unanimidade os votos foram pela expulsão e perda da patente e estamos satisfeitos.  Achamos que o processo para julgamento até que foi rápido por que como ele é oficial é mais demorado”, declara. 

Alisson Wattson responde na Justiça por feminicídio e ocultação de cadáver.

Atualizada às 15h25

TJ inicia julgamento da expulsão do capitão Allisson Wattson da PM

Começou na tarde desta segunda-feira (04) o julgamento de expulsão e perda da patente do capitão Alisson Wattson da Silva Nascimento. Logo no início da sessão, o advogado da defesa Pitágoras Veras Veloso pediu o adiamento do julgamento, alegando ter sofrido um  Acidente Vascular Cerebral (AVC) na última sexta-feira. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sebastião Ribeiro Martins  indeferiu o pedido. O atestado médico levado pelo advogado constava CDI de mal estar e cefaléia. 

Foto: Adriana Oliveira/Portal AZ

"O capitão Alisson não pode passar pelo julgamento de expulsão e perda da patente, já que o processo não foi ainda transitado e julgado", disse o advogado Pitágoras Veras durante seu pronunciamento.

O advogado de defesa disse ainda que a sessão deveria ser considerada nula, já que o acusado deveria estar presente em todos os julgamentos.

Já o relator do processo, desembargador José Francisco do Nascimento, afirma que Alisson Wattson foi intimado para os julgamentos, mas o capitão faltava às sessões.

"Há fortes elementos contra o réu. Até mesmo a confissão. O Conselho de Justificativa foi viável em arrumar provas para declarar contra Allisson Wattson", disse o desembargador José Francisco do Nascimento ao votar pela expulsão e perda da patente do capitão, considerado pelo relator indigno para continuar nos quadros da PM.

Allison Wattson da Silva Nascimento é acusado de ter matado a ex-namorada em outubro de 2017, a estudante de Direito Camilla Abreu. Allisson é réu confesso, com isso, a representação para a perda de patente do capitão foi o primeiro ponto da pauta da sessão plenária de hoje. 

Foto: Adriana Oliveira/Portal AZ

O governador Wellington Dias, o Conselho de Justificação da Polícia Militar e a Procuradoria Geral do Estado já deram parecer favorável à expulsão do capitão. Na decisão, Wellington Dias confirma o relatório da Corregedoria da Polícia Militar e da Procuradoria-Geral do Estado em que davam parecer favorável pela expulsão.

Em seu posicionamento na sessão de hoje, o procurador Luis Francisco de Sousa disse que o governador Wellington Dias e o Conselho de Justificativa se pronunciaram de forma legítima.

Segundo a Constituição Federal, apenas o Tribunal de Justiça e tribunais militares podem declarar a perda de posto e patente de oficiais.

Relembre o caso

A estudante de Direito Camilla Abreu ficou desaparecida por uma semana. A jovem foi morta em 26 de outubro de 2017. 

Foto: Reprodução

A estudante foi vista pela última vez ao lado do namorado capitão Alisson Wattson e de uma amiga, na zona Leste de Teresina. O réu e a vítima levaram a amiga para casa e depois saíram juntos, depois, Camilla Abreu desapareceu. 

Camilla Abreu foi encontrada morta no povoado Mucuim, zona Rural de Teresina. O capitão confessou ter atirado contra a estudante.