Universidade notifica testemunhas do caso de estudante que agrediu árbitra

Comissão deverá ouvir oito pessoas e processo poderá ser encerrado em 60 dias

Por Adriana Oliveira,

A Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) estabeleceu uma comissão que irá intimar nos próximos dias as testemunhas no caso do estudante Rodrigo Quixaba que agrediu a árbitra Eliete Maria Fontenele, em um campeonato de futsal  na instituição, no mês passado.

A comissão deverá ouvir oito testemunhas, dentre elas, o estudante de Engenharia de Pesca, Rodrigo Quixaba, que teria agredido a mulher depois de receber um cartão vermelho. Segundo o reitor da UFDPar, Alex Marinho, as testemunhas serão intimadas para depor em um prazo de até cinco dias úteis.

Eliete ficou com os lábios feridos. Ao lado, o agressor Rodrigo Quixaba( Foto: Quixaba) 

“A comissão foi formada e está no processo de oitiva. A comissão irá notificar as testemunhas apontadas pelo agressor e pela vítima para que possam ser ouvidas. São cinco dias para notificar cada testemunha, então todo o processo administrativo pode durar até 60 dias. Precisamos seguir os trâmites processuais”, afirma o reitor.

O diretor informou ainda  que continuam proibidas todas as atividades na quadra esportiva do Campus até a apuração final do caso.

“No momento não tenho palavras sobre essa situação. Eu só quero justiça. Não posso deixar isso passar em branco”, declarou ao Portal AZ a árbitra Eliete Maria Fontenele, vítima de agressão durante partida de futsal.

Entenda o caso

A árbitra de futsal Eliete Maria Fontenele foi agredida durante um jogo realizado na quadra poliesportiva da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), região Norte do Piauí. O agressor, seria o aluno do curso de Engenharia de Pesca, identificado como Rodrigo Quixaba.

Eliete Maria apitava o jogo quando, após uma confusão entre os jogadores, ela aplicou cartões vermelhos aos envolvidos. A decisão da juíza teria irritado Rodrigo Quixaba, estudante do curso de Engenharia de Pesca. O jogador deu vários socos no rosto da árbitra.

A agressão ocorreu no dia 3 de junho, e Rodrigo Quixaba se apresentou à Polícia Civil somente no dia 10, quando prestou esclarecimentos sobre o ocorrido.  Em depoimento, o jogador alegou não ter intenção de agredir a árbitra.

A universidade aguarda a conclusão do processo administrativo, no qual depois da comissão ouvir todas as testemunhas e tomar uma decisão, o estudante Rodrigo Quixaba poderá ser punido com advertência, suspensão de 15 a 60 dias, ou até mesmo o desligamento da instituição.

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