Situação no Rio Grande do Sul pode levar o Brasil a importar arroz e feijão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Presidente, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), expressou preocupação com os efeitos dos temporais no Rio Grande do Sul sobre o agronegócio brasileiro, principalmente sobre a colheita de arroz. O presidente mencionou que o país pode precisar importar arroz e feijão para equilibrar a produção e controlar o aumento dos preços.

O Rio Grande do Sul é um dos principais produtores de arroz do Brasil, sendo responsável por 70% da produção nacional do grão. Cerca de 80% da produção do estado já estava colhida, mesmo assim, o prejuízo estimado é de 800 mil toneladas nas áreas atingidas.

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Foto: Reprodução

Lula comentou sobre a pressão nos preços de grãos por conta das enchentes no RS em entrevista de rádio durante o programa Bom Dia, Presidente.

Antes dos temporais, a expectativa era de uma colheita de 7,5 milhões de toneladas de arroz no estado. No entanto, devido à tragédia, a safra deve ficar em torno de 6,7 milhões a 6,8 milhões de toneladas, o que pode impactar a inflação e pressionar os preços em todo o país.

Lula relatou ter discutido a questão do preço do arroz e do feijão com os ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, destacando a necessidade de garantir preços acessíveis para a população brasileira.

“Fiz uma reunião com o ministro [do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar] Paulo Teixeira e com o ministro [da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] Carlos Fávaro sobre a questão do preço do arroz e do feijão, porque estavam caros. Eu disse que não era possível a gente continuar com o preço caro. Alegaram que a área plantada estava diminuindo e que havia um problema do atraso da colheita no Rio Grande do Sul.”

“Agora, com a chuva, acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Se for o caso, para equilibrar a produção, vamos ter que importar arroz, vamos ter que importar feijão. Para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, completou o presidente.

Fonte: Agência Brasil