Diante do debate em torno do uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes acometidos pela síndrome respiratória causada pelo novo coronavírus, o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, que é médico, diz que as pessoas podem estar sendo levadas a cair em uma narrativa que interessa menos à saúde dos pacientes e mais a interesses financeiros de grandes corporações empresariais que controlam laboratórios farmacêuticos. Eis o que ele disse ao jornalista Cláudio Barros, ao receber um link de notícia dando conta de que uma pesquisa norte-americana com 368 pacientes teria registrado mais mortes entre aqueles que tomaram a hidroxicloroquina do que entre os que receberam tratamento padrão para a doença, de acordo com os pesquisadores envolvidos na iniciativa: “Querido amigo CB, você é importante para não fazer parte desse jogo imoral! A hidroxicloroquina, na falta de remédio específico, tem demonstrado eficácia na primeira fase da doença, de contágio e replicação viral. Na maioria dos casos que foi usada, evitou a passagem para a segunda fase, inflamatória, quando tem indicação de corticoide em altas doses, venoso, em hospital. Na primeira fase o tratamento pode ser feito em casa, sem lotar leitos. Está comprovado! Você não tem direito de se juntar a esses devaneios irresponsáveis! E qual a alternativa? Não existe! Esperar pelos estudos randomizados que chegarão de agosto para frente? A indústria farmacêutica e farmácias tudo farão pra desacreditá-la [a hidroxicloroquina], pelo baixo preço. Por que a Novartis doaria 130 milhões de doses aos americanos? Por que as UTI’s nos hospitais que a usaram foram desativadas? Quanto custa um leito de UTI, as mortes e sequelas? Imagine quanto ganhará quem chegar primeiro às vacinas e medicamentos específicos para o coronavírus, que virá porque começou matando os ricos, diferente da malária amazônica, até hoje endêmica porque adoece os pobres, curada com ela? Você é formador de opinião!”. As palavras de Sílvio Mendes fazem, sim, sentido. Aliás, não apenas sobre o uso da  hidroxicloroquina por ser barata e reduzir os ganhos atuais e futuros das corporações farmacêuticas e de saúde, mas também de gente interessada em manter um estado de coisas em que se podem fazer compras sem as amarras da legislação e, claro, a possibilidade de se ganhar sobre a miséria alheia.

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A empresária Rosalba, da empresa cearense que vendeu livros para a cidade de União, com o sorridente prefeito Paulo Henrique. Mas é o secretário de Educação o alvo da operação da PF

O boi e a cesta básica

‘Seu João’ (Claudino) costumava dizer que quem tem cem bois, pode seguramente espalhar que tem cem mil cabeças, porque ninguém conseguirá contar.
A assertiva do grande empresário, falecido recentemente, se aplica bem à quantidade de cestas básicas que órgãos do governo do Piauí anunciam que estão distribuindo.
Ninguém sabe para quem e nem aonde.

Na Nota Fiscal

Só se sabe a quantidade e os valores porque estão nas notas fiscais.

Luz solar

Os órgãos de controle deveriam pedir os nomes, CPF e endereços dos beneficiários e as notas fiscais emitidas dos fornecedores.
Os produtos fornecidos precisam ser atestados se foram comprados e dado entrada no estoque para poder sair para a distribuição.
Nada melhor que a transparência.

Valei-me, São José!

Ontem, em entrevista à Globonews, Firmino Filho adiantou o resultado da quarta etapa da pesquisa sorológica para o novo coronavírus.
E, anuncia número devastador, pois estima que mais de 17 mil pessoas estão infectadas em Teresina.

Vai, Firmino!

Em seu decreto, o governador Wellington Dias permite que lojas deixem pelo menos uma porta aberta para receber pagamentos de suas vendas a crediário.
Estaria na hora de o prefeito de Teresina adotar a medida para facilitar que todas as lojas tenham um canal aberto para o recebimento de contas.

Venda no carnê

Grandes lojas de departamento como, por exemplo, o Armazém Paraíba, a Pintos, e outras do gênero, vendem através do carnê que, invariavelmente, é pago no balcão das lojas.
Fechadas como estão, proibidas para vender, essas lojas amargam grandes prejuízos porque também não recebem.
O cliente do carnê não paga conta em banco.

Vá entender!

Anteontem, Wellington Dias chegou a dizer, numa ‘live’ que havia possibilidade de decretar o lockdown.
Ontem, o governador passou a admitir que era coisa de fake News.

Prefeito cassado

Ontem, finalmente, depois de um desgaste tremendo até para a imagem do tribunal, o TRE-PI afastou Arnaldo da Costa, da prefeitura de Ribeira do Piauí. Por seis a zero, o tribunal acompanhou o lúcido, independente parecer do juiz Charles Max.

Perde o cargo

Com a decisão, deve assumir o presidente da Câmara de Vereadores Ronivaldo Campelo para preparar a eleição suplementar.
Só se espera é que Ronivaldo, de posse da chave do cofre, não imite Arnaldo da Costa.

The Flash

A operação deflagrada ontem, pela Polícia Federal, no Piauí deveria ter sido batizada de ‘the flash’. Foi rápida, rapidíssima, a operação Delivery que prendeu os supostos envolvidos na historia da Amarok da prefeitura de União com o dinheiro que vinha do Ceará.
Em apenas uma semana da divulgação do fato no Portal AZ.

Afasta-te!

O curioso é que no mesmo dia da operação em que tinha como alvo o secretário de Educação Marcone, da Prefeitura de União, o prefeito Paulo Henrique divulgou nota avisando que na véspera havia exonerado o tal secretário.
Isso no popular se diz que o prefeito deixou o auxiliar no mato sem cachorro, abandonado à pouca sorte.

Inquérito civil

Outra curiosidade é que até a entrada em cena da Polícia  Federal, a Polícia Civil estava investigando sem, no entanto, ter sequer apreendido o celular do motorista da Amarok, não investigou qual a participação do vereador Franklane na história e nada revelou sobre um suposto rateio do dinheiro com outros políticos.

Como pode?

Agora, a pergunta que não quer calar é: como é que, sozinho, o secretário de Educação de União conseguiu comprar quase R$ 2 milhões em livros escolares, superfaturados, com quantidade acima do necessário, sem a concordância do prefeito?
Esperar a Polícia Federal se pronunciar, então.

Olha a foto

Ontem mesmo circulava nas redes sociais foto do prefeito Paulo Henrique com a dita empresária Rosalba Costa, em cuja empresa o ‘japonês’ da federal fez também uma visita lá em Eusébio, no Ceará.
Na foto, um sorridente Paulo Henrique anuncia o contrato firmado com Rosalba para compra de livros.

Delação

Investigadores não estão muito satisfeitos com o que descobriram até agora, pois, acham que o secretário Marcone e outros envolvidos podem contar o que sabem.
Não está descartada, por assim dizer, uma delação premiada no caso de União.

Fórmula salvadora

A médica Marina Bucar, natural de Floriano, que trabalha na Espanha, precisaria ser ouvida pelas autoridades sanitárias brasileiras, porque ela tem uma fórmula que no hospital de Floriano, tem produzido efeitos positivos contra o coronavírus.
Pelo menos 23 pacientes tratados com corticoides em Floriano tiveram alta.

Sai daí, Marcelo!

Tentando pegar carona na história da médica Marina Bucar, que prescreveu medicação de combate ao coronavírus que tem dado certo no hospital de Floriano, o senador Marcelo Castro dá tantas ratadas que se torna ridículo.
Primeiro, ele já nem sabe o que é ou o que foi na medicina.

“Eu sou médico”

Num áudio despachado para o deputado estadual João Madison, e falando sobre a fórmula da médica piauiense que trabalha na Espanha, Marcelo diz: “eu sou médico”, para depois, mudar tudo: “nós já fomos médicos, um dia”.
Está igual quando foi ministro da Saúde, no governo Dilma, em que não dizia coisa com coisa no combate ao Aedes Aegypt.

Forças Armadas

Ficou famosa a frase a ele atribuída de que seria preciso Dilma mandar para as ruas a Marinha, o Exército e a Aeronáutica para combater o mosquito porque o inseto nascia na água, andava na terra e voava.
A mídia nacional inteira o ridicularizava.

Especialista em estradas

Agora, ainda que dizendo que não está ‘muito traquejado’ nos nomes científicos dos medicamentos, o senador Marcelo diz que para combater a covid-19 são apenas seis comprimidos.
O senador pode continuar insistindo na medicina que abandonou há 30 anos, mas ele ganha mesmo é na condição de especialista em estradas.

Sigilo fora do sigilo

Pode ser que ainda hoje, o ministro Celso de Melo levante o sigilo do vídeo da reunião ministerial onde, segundo o ex-ministro Sérgio Moro, o Presidente Bolsonaro ameaçou até exonerá-lo se o superintendente da PF do Rio não fosse afastado da chefia.

O mico do ministro

Quem vai ficar muito mal na história é o boquirroto e desencontrado ministro da Educação Abrahan Weintraub.
Diz-se que no vídeo, esse idiota diz, para agradar ao chefe: “tem que mandar todo mundo para a cadeia, começando pelo STF”.
Agora, como que se borrando de medo, Weintraub diz que não é de falar palavrão.

Ping-Pong
Abstração total

Em 1950, Octávio Mangabeira, governador da Bahia, tentava ser candidato a Presidente da República, imaginando poder unir PSD e UDN em torno dele, contra Getúlio. Foi ao Rio avistar-se com o Presidente Eurico Dutra. Os dois conversaram no Palácio do Catete. Quando Mangabeira saiu, o chefe de Gabinete de Dutra, Pereira Lira, quis saber sobre o encontro.

Pereira Lira: “Presidente, como foi a conversa com o Mangabeira?”
Dutra: “Foi boa. Ele ficou falando e eu fiquei olhando para o bico da bota dele”.

Do livro Folclore político, de Sebastião Nery.

Expressas

Ontem o Piauí bateu um novo recorde e registrou oito óbitos por coronavírus em apenas 24h, segundo boletim da Sesapi. O estado já possui 57 óbitos e 1612 casos positivos. 

A FMS convocou 122 profissionais aprovados em processo seletivo emergencial para a contratação temporária de profissionais para a linha de frente do enfrentamento à Covid-19. 

O MP-PI recomendou ao prefeito Firmino Filho, e ao presidente da FMS, Manoel Moura, a divulgação dos gastos feitos no combate ao novo coronavírus.