Motoristas e cobradores podem entrar em greve na próxima semana em Teresina

Categoria reivindica direitos e cobra mudanças no sistema de transporte público da capital

Por Marcelo Gomes,

Os motoristas e cobradores do transporte público de Teresina poderão deflagrar greve a partir da próxima semana. A informação foi confirmada ao Portal AZ pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro), Fernando Feijão.

Categoria reivindica direitos e cobram mudanças no sistema de transporte público da capital (Foto: Marcelo Gomes / Portal AZ)

De acordo com Fernando Feijão, o movimento surge para reivindicar os direitos dos trabalhadores e os problemas que a categoria está enfrentando com as mudanças implantadas pela Prefeitura de Teresina e Strans.

“Só queremos reivindicar as melhorias. Recentemente eles retiraram o corujão da zona Sudeste e a gente quer que retorne porque isso está prejudicando os trabalhadores e usuários. Eles querem colocar o corujão sem cobradores e a gente não aceita isso”, relata.

Fernando Feijão (Foto: divulgação / Sintetro)

Ainda segundo o presidente do Sintetro, os cobradores querem também o reajuste salarial, o pagamento de férias e horas extras, que segundo ele, não está sendo realizado. “Queremos receber a diferença do salário de janeiro, as horas extras e o pagamento das férias. Muitos estão recebendo só em 10 a 20 dias e outros que retornaram até hoje não receberam. Buscamos também as melhorias nos terminais de integração que não tem espaço para os trabalhadores e isso é importante para a categoria”, disse.

De acordo com Fernando Feijão, muitos motoristas e cobradores estão tendo que trabalhar dois turnos por causa de algumas demissões. “Qualquer momento pode ter um acidente grave de ônibus porque os trabalhadores não estão dormindo. Ninguém é uma máquina”, pontua. 

O sindicalista explica ainda que na manhã de hoje houve uma tentativa de reunião com o Setut para negociar a greve. “Vamos tentar amanhã novamente uma reunião, se a gente não conseguir negociar, podemos parar o transporte coletivo na próxima semana. Só queremos uma negociação e que sejam resolvidas essas pendências”, finaliza. 

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