Prefeito Mão Santa chama professores de 'viciados em malandragem e corrupção'

Profissionais repudiaram as declarações do gestor e denunciaram que falta merenda escolar para os alunos

Por Redação do Portal AZ,

O prefeito de Parnaíba, Mão Santa, declarou em vídeo, que circula nas redes sociais, que os professores da cidade estão “atrasando as crianças”. Na gravação o gestor ainda afirmou que os profissionais são viciados “na preguiça, inércia, malandragem e corrupção”. 

Mão Santa (Foto: reprodução internet)

As declarações do prefeito seriam porque os alunos estavam sendo liberados antes de cumprirem a carga horária de aula pela falta de merenda escolar. De acordo com Mão Santa, os professores deveriam “fazer como Cristo, tem que multiplicar os alimentos e não subtrair, desviar e fazer de vítima as crianças”. 

Ele ressaltou ainda que “esse negócio de escola terminar 8h30 [por falta de merenda escolar] é imoralidade, indignidade, irresponsabilidade, falta de criatividade e amor” e acrescentou que “quando não tiver (merenda), pode levar lá em casa que eu deixo de comer e dou para as crianças”. 

Assista ao vídeo:

A merenda escolar municipal dos alunos é de responsabilidade da prefeitura que, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, recebe do Ministério da Educação os recursos financeiros para subsidiar essa alimentação. O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento.

Em repúdio às declarações do prefeito Mão Santa, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica de Parnaíba divulgou nota, nesta segunda-feira (06), afirmando que são eles que escutam “reclamações dos pais pela falta de merenda nas escolas, a fome no olhar de cada aluno que muitas vezes só têm essa alimentação diária”. 

Os profissionais informaram ainda que compram a merenda escolar dos alunos e “que quando são liberados mais cedo é pela ausência de cumprimento dos deveres da gestão municipal”. 

O Portal AZ procurou a Prefeitura de Parnaíba para comentar o caso, mas não obteve êxito. O site continua aberto para os devidos esclarecimentos. 

Confira a nota na íntegra: 


 

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