Colapso na Saúde: governador Wellington Dias anuncia novas medidas para o Piauí

"Estamos trabalhando para evitar uma tragédia maior", disse o chefe do executivo estadual

Por Renayra de Sá,

(Atualizado às 13h32)

O governador Wellington Dias anunciou nesta quarta-feira (10) a ampliação de leitos de UTI e que vai decretar medidas ainda mais rigorosas em razão do colapso na saúde provocado pelo avanço do novo coronavírus no Piauí. 

O chefe do executivo estadual ainda afirmou que o Hospital da Polícia Militar do Piauí será exclusivo para o atendimento de pacientes com covid-19. “Nós já estamos em colapso nacional. O que estamos trabalhando agora é para evitar uma tragédia maior”, disse o governador. 

Governador Wellington Dias em coletiva de imprensa (Foto: reprodução) 

Wellington Dias também afirmou que pediu ao Ministério da Saúde 40 respiradores para o estado. “Ainda hoje vou estar colocando em decreto o Hospital da Polícia Militar como hospital com covid-19. Lá tem oxigênio e leitos com canalização e isso permite ampliar a capacidade de leitos clínicos e com respiradores”, destacou. 

O governador destacou ainda que vai restringir através de decreto a realização de cirurgias eletivas nos hospitais privados. “Nós trabalhamos agora para ter um maior apoio da rede privada. Fizemos suspensão de cirurgias eletivas, liberando apenas emergenciais em alguns hospitais. Mas agora vamos fazer um decreto para que possamos limitar ainda mais somente casos muito graves e queremos pactuar com os conselhos de medicina e dizer que o Estado, fazendo isso, assume os leitos disponíveis para que sejam exclusivos para covid-19 e os hospitais irão receber por isso. Inclusive, como pactuei com o ministro Pazuello credenciando esse leitos”, afirmou. 

Wellington voltou a reafirmar a necessidade de um pacto nacional para que todos os estados adotem o lockdown de forma simultânea.  “Venho conversando com os presidentes da Câmara, do Senado, Judiciário para que tenhamos um pacto nacional pela vida. Vamos dialogar com as entidades empresariais e conversar com os consórcios dos meios de comunicação para aquilo que vamos ter que adotar. Estamos perdendo a guerra para o coronavírus e aqui nesse pacto nacional nós temos essa realidade. O colapso é uma realidade. O que vamos ter que trabalhar agora é para evitar uma tragédia maior. Como a gente faz para não morrer duas mil pessoas? Como faz para o Brasil não ser o país do risco de propagação do vírus com mutação para o mundo?”, diz. 
 

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