Coringa é um Taxi Driver ao contrário

Coringa é um Taxi Driver ao contrário

"Por que que tem tanta gente ruim no mundo?" - a frase de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix, magérrimo e assustador) é a única pergunta que concordo nesse espetacular Coringa (em cartaz nos cinemas de Teresina) o terceiro filme do ano, atrás dos grandes Era Uma Vez Hollywood e Bacurau.

Coringa é um Taxi Driver ao contrário (Foto: divulgação)

O inusitado diretor Todd Philips do engraçado Se Beber não Case, conseguiu bem o que só a DC/Warner consegue nesse mundo de quadrinhos e cinema, ousar, o filme todo o tempo lembra Taxi Driver, só que ali De Niro manda pro inferno, os maus, aqui a coisa é diferente.

Arthur parece tanto com tanta gente que conheço (perdedores, azarados, revoltados) que é impossível não se identificar, só que a coisa sai do controle, quando esse aspirante a comediante e stand-up fracassado começa a matar deliberadamente. Bruce tá lá, Thomas Wayne (um canalha) tá lá, mas o filme é de Phoenix/Joker, faz tanto tempo que não vejo um ator dominar um filme o tempo todo, em todos os frames, todos os minutos.

Junto com Christian Bale e Edward Norton, é sem dúvida, o melhor ator de sua geração, anos 90 pra cá. Corra e vá pro cinema, meu brou, o filme do momento chegou. PS - o filme só tem duas cenas verdadeiramente violentas, então ninguém vai pirar. Vá sem medo, a violência aqui é psicológica...

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