A bravata de Bolsonaro
A bravata de Bolsonaro
Espalha-se como rastilho de pólvora a falsa ideia propagada pelo presidente Bolsonaro de que ele zeraria os impostos sobre combustíveis fósseis se os governadores fizessem o mesmo zerando o ICMS. Bravata populista barata, isso sim. Bolsonaro joga para uma plateia amestrada, porque onde não se aceita o insulto à inteligência, rejeita-se a falsa ideia de que os governos podem abrir mão de receitas tributárias sem ter nada que as substitua. Isso é, inclusive, ilegal: a Fazenda pública, em qualquer nível (federal, estadual ou municipal) não pode abrir mão de receitas se não houver meios compensatórios para isso. O presidente diz que abre mão de IPI, PIS e Cofins incidente sobre os combustíveis, sem que diga ao distinto público de onde virá o dinheiro para cobrir o rombo que essa isenção fiscal vai produzir. Aí joga a bola para os governadores, cujos estados vivem uma crise fiscal permanente e não podem abrir mão de receita sob pena de um naufrágio coletivo, de um apagão de serviços públicos. Porém, a estratégia do presidente de bancar o bom moço com seu habitual populismo, criou a expectativa de que os estados é que são os vilões, responsáveis por combustível fóssil caro, o que é uma deslavada inverdade, para dizer o mínimo, considerando que os custos de produção se atrelam à moeda norte-americana, o dólar. Evidentemente, que o peso dos impostos é elevado na composição dos custos e no preço final dos combustíveis derivados de petróleo, mas uma proposta de isenção total de impostos sobre eles é somente um populismo barato de quem finge não saber como funciona o sistema tributário do país.
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Conselheiro Kleber Eulálio esclarece que sua fala em áudio sobre campanha eleitoral está fora do contexto. Mas ele tem direito a opinião (Foto: divulgação / TCE-PI)
Livre expressão
Kleber Eulálio mandou uma nota com 12 parágrafos para contrapor informação da coluna. O conselheiro do TCE diz que, a despeito de ter-se afastado da atividade político-partidária, como exige a legislação e manda a minha consciência, não há empecilho legal a que exerça a liberdade de expressão e que tenha opinião própria sobre assuntos que afetam a sociedade, sem qualquer militância partidária.
Aposta
Sobre o áudio que se fala de dinheiro, mas em que não há nada que desabone a conduta do conselheiro, Kleber cita que há uma imprecisão pelo fato que o texto não deixar claro o que de fato houve, “uma vez que o diálogo não foi reproduzido, não ocorreu nenhum pedido de dinheiro, mas tão somente a alusão à possibilidade de uma aposta, algo muito comum em tempo de eleição.”
Sem aposta
Porém, o conselheiro informa em sua carta que “na análise que fiz do panorama político de Picos, em ambiente privado, frise-se, afirmei que os cenários políticos mudam rapidamente, e que o quadro eleitoral estava longe de ser definido. Isso foi dito como forma de expressar a minha segurança em torno de análise, sem nenhum propósito de realizar qualquer aposta.”
Lição
Além do que o nosso leitor já soube em matéria de ontem no Portal AZ, o ex-prefeito de Picos, José Neri, também foi pego nos áudios. Ele diz que em política o que vale não é a maior briga, mas a mais recente.
Sem apoio
O ex-prefeito não perdoa o fato de o pessoal ligado ao padre Valmir ter feito um dedicado esforço na eleição passada para tirar votos do filho dele, o deputado estadual Nerinho.
Por isso, ele está fechado com Gil Paraibano, adversário figadal do prefeito.
Pacto
Ele sugere muitas coisas, inclusive que Gil Paraibano meta a mão no bolso para gastar e, também, que Wellington e Ciro se afastem de Picos na campanha eleitoral.
Derrota esperada
Zé Neri considera que o prefeito não vai apoiar a candidatura do empresário Araujinho. “Neste instante o padre quer é que Araujinho perca a eleição”, diz o ex-prefeito de Picos.
Pilatos
Neri afirma que o padre vai ter uma participação Pôncio Pilatos na eleição de Picos, uma vez que não teve o direito de indicar o candidato do PT à sua sucessão. Assim, também não deve mexer em ninguém na estrutura administrativa em Picos, mesmo que a pessoa queria votar no oposicionista Gil Paraibano.
Mais polícia
Vem aí mais uma polícia no Piauí. Um grupo de trabalho foi instituído na Secretaria de Justiça para elaborar um anteprojeto de lei que vai regulamentar a Polícia Penal na estrutura administrativa do estado.
Ar-condicionado de bolso
Imagine você em Teresina, num calor de 40 graus e com um "simples" aparelhinho de bolso diminuir a temperatura em até 13 graus?
Isso é o que promete a Sony, com um novo produto chamado de "Reon Pocket", um ar-condicionado vestível, para usar no bolso da roupa.
Sem data
Ainda não há data para o lançamento. Mas bem que a empresa poderia lançá-lo em Teresina.
Faria o maior sucesso, sem sombra de dúvidas.
No eixo
Kleber Montezuma tem um portfólio da boa educação e Charles Silveira tem um elenco de obras e bom desempenho da saúde. São dois pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de Teresina. Mas os dois têm contra si o fato de que, a despeito de suas gestões com mais prós que senões, não alcançam as pessoas fora de seus eixos de atuação.
Nas bordas
Marco Antônio Aires, o nome menos lembrado como um pré-candidato tucano, engenheiro, pode ter um apelo popular maior que os dois nomes mais lembrados na mídia. A razão é que sob o guarda-chuva da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marco Aurélio comandou a construção de milhares de casas, pavimentação de vias, construção de praças e galerias. E fez isso indo com muita frequência nas bordas da cidade.
Utilidade
É de autoria do deputado estadual Fábio Novo o projeto de lei sancionado esta semana por Wellington Dias que reconhece como de utilidade pública a Associação Centro Cultural Multiuso Teatro Saraiva.
Como secretário de Cultura, Fabio Novo conduziu a reforma do teatro, situado na cidade de Parnaíba.
Tudo igual
Uma lei estadual sancionada nesta semana, resultante de projeto do deputado estadual Júlio Arcoverde, determina que premiações para atletas no Piauí serão iguais para ambos os sexos. Não haverá distinção na concessão dos prêmios, sob pena de os promotores de eventos esportivos serem punidos com multa e cassação de alvarás.
Sem queixas
Júlio Arcoverde não tem queixa do ex-deputado Mainha, que vai deixar o Progressistas para se filiar ao PL, de Fábio Abreu.
O presidente estadual do Progressistas diz que Mainha está deixando a sigla em busca em um projeto pessoal e que isso é legítimo, lembrando que no PL, o ex-deputado deverá ser presidente da sigla.
Prêmio
O Brasil não é para amadores, dizia o compositor Tom Jobim. Uma prova disso é que juiz que vende sentença é condenado à aposentadoria com polpudos proventos. Pois agora, juiz leniente, preguiçoso, improdutivo também ganha essa pena de vestir pijama e ser bem remunerado por isso.
Pijama cearense
Na terça-feira da semana passada, o Conselho Nacional de Justiça confirmou decisão do Tribunal de Justiça do Ceará que “puniu” com aposentadoria compulsória o juiz Lucio Alves Cavalcante.
Preguiça premiada
Houve até a tentativa de uma “pena” mais leve ao juiz, proposta pelo conselheiro relator, Luciano Frota, que propôs afastar o juiz preguiçoso com disponibilidade com vencimentos proporcionais.
Ócio remunerado
O que em qualquer empresa resultaria em demissão, na Justiça do Ceará resulta em transferir a conta para o contribuinte. O juiz Alves Cavalcante foi condenado à aposentadoria compulsória porque não trabalhava, remarcando audiências, por excesso de prazo para despachar e sentenciar, falta de assistência à cadeia pública, descaso com a comarca e baixa produtividade.
Pegue légua
Se o CNJ anda disposto a aposentar magistrado preguiçoso, imaginem, senhores e senhoras leitoras, a disposição do órgão fiscalizador do Judiciário para punir juiz e desembargador que faz malfeitorias?
Convém lembrar que no Piauí, além de juízes, alguns desembargadores estão sendo investigados pelo CNJ.
Ping-Pong
O pequeno cálice
Conhecido como mão de vaca entre seus companheiros de partido e de governo, Assis Carvalho, diretor-geral do Detran, encontra-se no Fortes Café, no Teresina Shopping, com o poliglota Álvaro Carneiro. Conversa vai, conversa vem, Assis pede e o garçom Chiquinho traz para o amigo Álvaro um cálice de vinho do Porto.
Assis: (impressionado com o tamanho mínimo do cálice): “Rapaz, Álvaro, que diabo de vinho pequeno e caro é esse?”
Álvaro: “Assis, eu pedi um Dom José, mas serviram foi um Odaly Medeiros.”
Originalmente publicado em 26 de janeiro de 2004.
Expressas
Um leitor diz que João Dória é uma espécie de Geraldo Alckmin 2.0. Seria, digamos, um picolé de chuchu gourmet.
A polarização buscada e alcançada por tucanos e petistas pode quebrar o bolsonarismo como força política viável em Teresina.
A ex-prefeita Neuma Café está em melhor posição nas eleições em Pedro II que o atual prefeito da cidade.