Saúde em casa

Saúde em casa

Nada, mas nada mesmo, pode ser mais importante neste momento que a redução total das interações sociais. Ficar em casa é, segundo todas as fontes médicas e sanitárias, a forma mais eficaz de quebrar a cadeia de transmissão do coronavírus. Assim, são acertadas as decisões tomadas por governadores e prefeitos em todo o país para limitar o funcionamento do comércio e serviços, reduzir a mobilidade das pessoas, determinar o trabalho em casa, sempre que possível. Obviamente que existem as exceções à regra, além de claramente haver quem se disponha a fazer carga contrária às restrições sanitárias necessárias – o caso, infelizmente, do próprio presidente da República, senhor Jair Bolsonaro, que sairá dessa crise como um ator político menor, um anão ocupando o latifúndio de comando que deveria estar a cargo de um estadista. Em face, aliás, da resistência recorrente de muitos, estimulada pelo presidente e outros tipos, como Silas Malafaia, chefe de uma denominação cristã neopentecostal, podemos ter um agravamento da situação ou, num cenário talvez mais otimista, sermos obrigados a pedir que o país seja colocado sob algum tipo de legislação capaz de endurecer procedimentos e penalizações àqueles que descumprirem orientações e/ou determinações para restringir a circulação de pessoas. Em países como a Franca e a Itália, a lei permite multas e até processos. No Chile, o presidente decretou um estado de exceção – o que permite coibir reuniões públicas assegurar a distribuição de bens e serviços básicos, estocar alimentos e outros bens e impor quarentenas e toques de recolher. É certo que com o atual presidente talvez haja dificuldades de se fazer o estado agir de modo mais duro, mas talvez Bolsonaro aprenda na marra que certas coisas não permitem escolha, porém sempre admite a grandeza, algo que lhe falta, infelizmente.

Invasores de terreno na Avenida Poti, na Zona Norte, batizaram o espaço de Vila Lindalma Soares, mãe do prefeito de Teresina.

Lula

Lula cancelou uma viagem ao Piauí por conta da pandemia do coronavirus.
Está salvo, o Piauí.

A quarentena do prefeito

Mão Santa resolveu levar a sério a história do coronavírus que ele chamou de boiola. O prefeito parnaibano deve entrar em quarentena, um isolamento em casa e fazer o exame, conforme os protocolos.
Ele e sua mulher Adalgisa estiveram em Brasília, com Bolsonaro (que reluta quanto aos testes), foram ao Palácio do Planalto no exato dia em que se divulgou que  general Heleno, vizinho de gabinete do presidente, estava com sinal positivo para o covid-19.

Perigo no contato

E assim, ainda que o prefeito parnaibano, no seu jeito escrachado de ver, encarar e de dizer as coisas, chame o coronavírus de ‘fresco’, ele deve se cuidar, seriamente.
E o melhor caminho é o que seus médicos estão recomendando, um isolamento completo.
O prefeito, e sua mulher, sem querer, representam um perigo para iminente contágio aos que deles se aproximam.

Mantendo distância

A coluna soube que auxiliares do prefeito e alguns amigos têm, discretamente, procurado manter distancia dele e de Adalgisa.
Alguns inventaram até viagem.

Marcelo Magno com colegas depois que chegou de viagem do Rio (Fotos: reprodução)

Quem são?

As autoridades sanitárias procuram localizar as pessoas que, além dos colegas da TV Clube, manteve contato com Marcelo Magno principalmente na festa de aniversário de um filho dele no final de semana passada.
Há riscos de contágio dessas pessoas na cidade.

Vídeo e foto

Já veicularam um vídeo de Marcelo dançando com a esposa e uma foto em que ele aparece com quatro rapazes e, um deles, de camisa amarela, praticamente deitado sobre as pernas de Marcelo e dos demais colegas.
Também teria sido no dia da festa.

Call Center: o prefeito manda

Você leu, anteontem a coluna divulgou que empregados da Almaviva, empresa de call center denunciavam as más de condições no trabalho. Queixavam-se da falta de cuidados da empresa em relação ao coronavírus.
Pois ontem, o prefeito Firmino Filho baixou decreto obrigando a todas as empresas do setor a manter pelo menos 50 por cento de seus funcionários em trabalho remoto, em casa.

Cadê a investigação?

Mas isso só não basta. Os funcionários dessas empresas se queixam que trabalham em galpões sem as mínimas condições sanitárias e higiênicas e são tantos, aglomerados, que correm risco da transmissão do coronavírus.
É preciso também que a prefeitura, a Delegacia do Trabalho e o Ministério Público investiguem essas condições de trabalho.

TV interditada

São pelo menos 26 os funcionários da TV Clube relacionados para exames do coronavírus e os demais, incluindo jornalistas, foram mandados para quarentena e para home office até a esterilização total do prédio-sede da emissora.
O noticiário será comandado pela afiliada de Recife, com alguma participação de jornalistas locais, como fez Neyara Pinheiro ontem a noite, de sua própria casa.

Aperto de mão

Segisnando Alencar, o presidente da TV Clube, diagnosticado com o Covid-19, cumprimentou o apresentador Marcelo Magno na sexta-feira. No sábado teve febre e mal-estar. Deu positivo para a doença, mas está em casa, agora sem nenhum sintoma.

Internado

Marcelo Magno segue internado no Prontomed, com estado de saúde estável.

Tempos difíceis

Na filiação de Jeová Alencar ao MDB, ontem, em vez da festa, que ocorreria hoje, o destaque foi para o uso do álcool gel pelos cinco presentes ao ato: o próprio presidente da Câmara de Vereadores de Teresina, o presidente da Assembleia, Themistocles Filho, o pré-candidato do partido à prefeitura, Dr. Pessoa, o vereador Zé Nito e o deputado estadual Henrique Rebelo.

Prêmio indevido

A coluna antecipou, ontem, que o ministro Marco Aurélio de Mello, do STF, deliberou sobre providências a serem adotadas pelos juízes de execuções penais, Brasil afora, por conta do encarceramento eventualmente desnecessário, dada a  grave crise do coronavírus.

Prêmio indevido 2

Mas o juiz Vidal de Freitas Filho, da Vara de execuções do Piauí, alargou a decisão do STF, e concedeu liberdade a todos os presos que estavam em regime semiaberto, sem distinguir quem havia ou não praticado crimes com violência ou grave ameaça, como recomendado pelo STF.

Prêmio indevido 3

Nesta singular sutileza, o número de liberados saltou para 453, e, de quebra, o risco para a sociedade ficou bem maior.
Alguém vai imaginar que esses meninos que vão ter a noite livre vão ficar mesmo em casa?

Mais um

Bolsonaro deve fazer o exame para coronavírus pela terceira vez. E já avisou que não será uma ‘febrinha’ que vai derrubá-lo.
Até às 19 horas de ontem, somavam 22 pessoas do entorno do presidente com testagem positiva para a doença;

Cheias

Em meio à crise do coronavírus, a cidade de Teresina ainda se defronta com o maior nível dos rios desde pelo menos 2009. O Poti, ontem, estava a ponto do transbordamento e famílias já começam a ser removidas das áreas de risco.

Nova vila

É nesse cenário que se desenha uma nova ocupação de terras ao longo da avenida Poti, na zona Norte. Centenas de casebres são construídos em uma área sujeita a inundações.
Ontem, considerável parcela do imóvel já estava tomada pelas águas do rio Poti, mas os ocupantes seguiam firmes no propósito de pegar o terreno na marra.

Mãe do prefeito

Talvez quem sabe querendo amaciar o coração de Firmino Filho, os participantes da invasão do terreno já batizaram como Vila Lindalma Soares o lugar insalubre e de risco que estão ocupando há pelo menos duas semanas.
Lindalma Soares é o nome da mãe do prefeito de Teresina. Ela faleceu dia 26 de setembro do ano passado, aos 83 anos.

Sem cortes

Como poder concedente dos serviços de água e esgoto de Teresina, a prefeitura usou de dessa prerrogativa para determinar que não sejam feitos cortes no fornecimento de água pela empresa Águas de Teresina.
Firmino Filho deve manter a decisão até que passe a crise do novo coronavírus.

Ping-Pong
Pior doença do mundo

Anos atrás numa conversa em seu restaurante, João Veras ouvia conversas de amigos sobre doenças. Um reclamava de artrite reumatóide, outro mencionava o câncer como o pior dos males, enquanto um terceiro falava que ruim mesmo era uma doença cardíaca. Diante daquele papo de hipocondríacos, João Veras interrompeu com ar douto e foi direto ao ponto. 

João Veras: "Rapaz, eu não boto fé no perigo dessas doenças do coração, de artrite, de câncer, de tuberculose, de lepra. Doença ruim mesmo é a que eu tenho". 
O amigo: "E que doença tão grave é essa, João?" 
João Veras: "Liseira, meu amigo, liseira."

*Originalmente publicado em 14 de fevereiro de 2003.

Expressas 

Nesses tempos de incerteza, uma certeza é que são conservadoras decisões sobre fechar escolas por somente 15 dias.

Muita gente usando álcool em gel e sabonetes para manter as mãos limpas. Mas sabão de coco também serve, viu? E é tão eficiente quanto.

Os mercados públicos de Teresina seguem abertos, mas os clientes estão sumindo. E quem vai compra um pouco mais para ter que voltar com menos frequência.

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Pequisar