A bola de neve

A bola de neve

O ministro da Educação, Abrahan Waintraud divulgou um áudio ontem em que relata que vai adquirir álcool em gel, luvas, máscaras e outros materiais de higiene para as escolas, no valor de R$ 450 milhões, dentro do plano do Presidente Bolsonaro de reabrir as salas de aula, mas, em especial, porque está vigente o estado de calamidade pública, por ato do Presidente, e reconhecido pelo Congresso Nacional, pelo qual não precisa de licitação. Um atento auditor de Tribunal de Contas imediatamente retrucou, condenando o procedimento do ministro, afirmando que este é um típico caso de desvio de finalidade dos recursos, porque os materiais de higiene deveriam ser adquiridos pelo Ministério da Saúde, e não pelo MEC, levantando um sinal de alerta para a possibilidade de desvios nesses caminhos tortuosos que vão desde a compra e a entrega das mercadorias, ainda mais neste momento em que o foco não é, necessariamente, a fiscalização, que não pode jamais deixar de existir. Da mesma maneira, por conta dos decretos estaduais e municipais, muitos prefeitos e governadores podem usar o momento de crise no sistema sanitário brasileiro e promoverem obras não essenciais a preços estratosféricos, como calçamento, estradas, contratação de shows, tudo sem as licitações prévias, e, menos ainda, sem qualquer controle dos mecanismos de fiscalização. Aproveitam-se que o estado de calamidade estará valendo até o dia 31 de dezembro, o que importa outras vantagens de natureza fiscal para este gestores, incluindo o próprio presidente da República, no viés dos limites estendidos da lei de responsabilidade fiscal. Este é aquele momento perigosamente conhecido em que os políticos fazem de conta que estão ajudando a população, mas na verdade estão controlando essas polpudas verbas através de aliados e apaniguados, sob o pretexto da prevenção do coronavírus. No Piauí não é segredo o modus operandi de cada um. Eles fazem média com o eleitorado, anunciam a sua generosidade de destinar verbas parlamentares, mas antecipadamente dão os nomes das pessoas ou empresas dos quais os órgãos públicos devem comprar ou contratar. É desse tipo de expediente, muito comum nas tratativas dos gestores com empreiteiros que sobra o leite da criança ou melhor, o dinheiro para o carrão importado. É exato por isso que fica cada vez mais difícil não acreditar que o político brasileiro realmente precisa de uma explicação além da lógica natural, porque, em qualquer ocasião, encontra um jeitinho para tirar proveito de tudo. No caso, é assim que começa a formação do bolo onde se esconde o caixa 2 das campanhas, tudo fruto de propinas e corrupção.

Prefeito Firmino Filho vê espaço do antigo Hiper Bom Preço para transformar em hospital de campanha (Foto: PMT)

Enfim, salvo!

Marcelo Magno, como a coluna divulgou, saiu da UTI, ontem, para apartamento no Prontomed e a primeira coisa que fez, foi gravar áudio (e vídeo) com mensagem para a ‘família clube’, falando da sua rápida recuperação do contágio com o coronavírus.
Magno é o caso de contaminação com o vírus chinês que, graças aos médicos e sobretudo a Deus, está contando a história.

Espaços inúteis

Sabendo que o empresário espanhol Manuel Arrey ofereceu três hotéis para o governo usar como hospitais, nessa pandemia da Covid-19, o deputado estadual Henrique Pires chegou a sugerir que se usasse também as instalações do inacabado Centro de Convenções.
Que está sem qualquer utilidade.

Espaços inúteis 2

Mas a coluna sugere outros abandonados, como o Centro de Treinamento do Emater na BR343, o Centro Artesanal e os subutilizados como Ginásio de Esportes Verdão e o Albertão.
Sem falar que há muitos colégios que poderiam servir para tal fim.

Desrespeito ao ser humano

Semana passada se denunciou aqui o risco que empregados das empresas de call center estavam correndo trabalhando nos galpões, sem as mínimas condições sanitárias e, pior, faltando os equipamentos e produtos necessários para prevenção do coronavírus.
A Prefeitura chegou a interditar uma empresa para que ela se adequasse ao decreto do prefeito Firmino Filho.

Promotores comerciais ameaçados

Pois agora, vem o apelo de outro segmento: o dos promotores comerciais, rapazes e moças que atuam nos supermercados atraindo clientes para os cartões de compras.
Eles estão expostos pelos contatos diretos e, pelo que denunciam, correndo risco em função da proximidade física com cada pessoa que é abordada.

Redes de supermercados

A coluna já recebeu reclamação de promotores de vendas da Rede Carvalho Super, do Extra, Hiper, Assaí e de outras empresas do gênero.
Não custa olharem para esse segmento e lhe darem proteção.

Discursos diferentes

Em pronunciamento ontem, o vice-presidente Mourão disse que a posição do governo é de isolamento social. Para o vice de Bolsonaro, "o presidente não se expressou da melhor forma", referindo-se à polêmica para acabar com o isolamento.

Foco é a vida

Já o Ministro da Saúde, Luís Henrique Mandetta falou que o governo não vai mudar o foco, que é a proteção da vida. E ponderou que todos devem pensar juntos sobre a questão da economia do país. E pediu trabalho conjunto com os estados.

Cloroquina

O Ministério da Saúde informou que vai começar a usar hidroxicloroquina para estados muito graves, exclusivamente nos hospitais. Mas alerta para população não comprar nem usar o medicamento.
Um dos riscos é a cegueira.

Isolamento vertical

Wanderson Oliveira, Secretário de Vigilância em Saúde, disse que está ampliando as estratégias para conhecer melhor a doença, considerando o tal isolamento vertical como ação.

Cancelamento dos voos

Por conta do cancelamento dos voos no país, o governo está com dificuldade de entregar os EPIs para as regiões norte e nordeste. A FAB deve ser acionada para levar EPIs pelo menos pra região norte.

Quarentena até 7 de abril?

Não tem prazo pra acabar. É o que disse em coletiva ontem, João Gabbardo dos Reis, secretário executivo do Ministério da Saúde.

Pós-graduação 

Termina dia 31 de março o processo de solicitação de liberação para afastamento das atividades laborais, para participação em cursos de pós-graduação stricto sensu.
Os servidores devem ser titulares de cargo efetivo da rede.

Ah!

Servidor em estágio probatório também poderá solicitar o afastamento, porém sem direito à remuneração de seu cargo. Serão ofertadas cem licenças para estudos de pós-graduação stricto sensu.

Lei de Gérson

Algumas farmácias de Teresina aproveitam o momento de crise e de histeria popular para aumentar os seus lucros.

Lei de Gérson 2

Os descontos desapareceram, os produtos ratearam, e as vendas diretas com os descontos do fabricante estão, supostamente, sem o sinal de internet.
Acaba não, mundão!

O retorno

Com o benefício da justiça, detentos que foram lembrados para passar a quarentena em suas casas, estão garantindo seus retornos, fazendo vários assaltos em Teresina.
Ontem, um motoboy teve sua mochila do ifood e o celular tomados de assalto.

Explica isso!

Que o inverno tem sido rigoroso em quase todo o Piauí, as chuvas que caem diariamente, mostram isso.
Só não se explica é a cidade de Luzilândia estar debaixo d’água e sua população sem água para consumo há pelo menos três dias.

IPTU

Firmino anunciou que determinou a suspenção do pagamento do IPTU. Mas foi apenas por 30 dias.
Ora, com a própria prefeitura proibindo que o comércio funcione, quem vai ter dinheiro até lá para pagar o imposto?

Melhor media

Mas o prefeito de Oeiras, Zé Raimundo, além de adiar o pagamento do IPTU, também prorrogou o pagamento do ISS e a validade das certidões negativas de empresas por 60 dias. Firmino poderia imitá-lo.

Novo hospital

Tão logo foi anunciado que João Claudino Jr contraiu o coronavírus e seu pai, João Claudino, estaria de quarentena, correu solta a informação de que o grupo Claudino irá aproveitar as instalações do prédio onde funcionou o Hiper Bom Preço, na Avenida Frei Serafim, para construir um hospital.

A parte do grupo

A história carece de umas pinceladas de verdade. Quem foi atrás foi o prefeito Firmino Filho visando transformar o espaço num hospital de campanha para atender aos casos de baixa complexidade decorrentes do coronavírus.
Não se falou em nenhum momento que, além de ceder (alugado ou não) o grupo Claudino irá investir na adequação do velho supermercado em hospital.

Ping-Pong
O show do Zé Catraca

Sempre que tem tempo, o humorista João Cláudio Moreno puxa conversa com Seu João (Claudino). Desta vez, o assunto são as ajudas que o empresário dá aos cantores nacionais ou regionais.

João Cláudio: “Seu João, o senhor já ajudou a muitos artistas, contratou Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Marinês...”
Seu João: “Muito, demais, entendeu!
João Cláudio: “E os artistas pequenos, locais, que o senhor contratava só pra ajudar?”
Seu João: “Também, demais, muito. Uma vez chegou um sujeito se dizendo cantor com o nome de Zé Catraca, que botei pra cantar em Bacabal. Ele fez o show na loja e no outro dia veio receber o dinheiro. Ei não fui, mas perguntei se o show foi bom e ele só dizia isso: ‘fiz o que pude. Foi o que pude fazer’...
João Cláudio: “E o show do Zé Catraca foi mesmo bom?”
Seu João: “Depois eu soube que foi chupe de laranja pra danar”.

Expressas 

Com o objetivo de reforçar a equipe médica durante a pandemia de coronavírus em Teresina, a FMS convocou 127 profissionais de saúde aprovados no processo seletivo do edital 1/2019.  

A Guarda Civil Municipal (GCM) de Teresina informou que 956 estabelecimentos já foram interditados na zona urbana de Teresina.

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei que proíbe o corte no fornecimento de energia elétrica e de água pelo prazo de 60 dias no Piauí. O autor da proposta é o deputado Henrique Pires.

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