Vínculos suspeitos: Fábio Novo pagou R$ 2,7 milhões à empresa
E mais: governador deve demitir o secretário de Cultura. PF mostra 736 saques para ele
População cobra
“A coluna deve dizer que a população tá cobrando do Governador o imediato afastamento do secretário de Cultura, sob pena de torná-lo cúmplice.”
São várias as mensagens que chegam ao whatsap da redação do Portal AZ sugerindo que Rafael afaste Carlos Anchieta do cargo de secretário de cultura.
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Sua implicação com a farsa do concurso da Secult, usando-se recursos da lei Aldir Blanc, já está por mais que provada no inquérito da PF, divulgado ontem no Portal AZ. Veja:
https://www.portalaz.com.br/noticia/policia/72235/exclusivo-anchieta-recebeu-r-12-milhao-em-pancadinhas-em-736-depositos/
Dinheiro nas contas
Assim como se denunciou esquema de liberação de dinheiro na campanha de Fábio Novo, batizado de “pancadinha”, Anchieta recebeu muitas “pancadinhas” dos cúmplices usados para apresentar projetos.
A PF mostra que o secretário recebeu R$ 1,2 milhão, após pagar os “prêmios” e tudo entrou em sua conta através de 736 depósitos bancários.
Se for inocente, volta
O governador deve demitir o secretário até que se prove o contrário.
Se é que alguém poderá desmentir o que está investigado.
Gestão do índio
Essa roubalheira toda se deu na gestão de Wellington Dias. Portanto, esse é mais um dos grandes escândalos da gestão passada, como foi a roubalheira na Secretaria da Educação, batizada de escândalo da Topique, que tem a senhora esposa do ministro no centro da bandalha.

Vínculos suspeitos
No inquérito da PF em que se apura o desvio de R$ 7 milhões na Secretaria de Cultura durante as gestões de Fábio Novo e Carlos Anchieta, uma coisa ficou bem evidente: quem mais recebeu dinheiro da Lei Aldir Blanc foram pessoas com vínculos de amizade aos dois gestores.
Vínculos suspeitos 2
Fábio e Anchieta têm relações próximas desde 2015 quando Anchieta, sócio de uma empresa em Brasília, passou a faturar alto com a Secult sob comando de Fabio Novo.

Dois Candangos
Atende pelo nome de Dois Candangos Promoções Artísticas Ltda. a empresa sediada em Brasília que teve como sócio o atual secretário de Cultura do Piauí.
A PF apurou que a empresa teve crescimento de contratos com a Secult justamente a partir da posse de Fabio Novo na Secult, em junho de 2015 – ou seja, vem de longe a boa relação entre eles.
Os números
A Dois Candangos faturou R$ 736,7 mil em 2015 na Secult. No ano seguinte, aumentou sua fatia no bolo, faturando R$ 1,180 milhão. O valor foi menor em 2017, quando a empresa obteve R$ 250 mil. Em três anos, a empresa ligada a Carlos Anchieta recebeu recursos de R$ 2,167 milhões da Secul.
Festa em Bom Jesus
Tanto dinheiro assim foi aplicado na cultura de cidades como Bom Jesus, a terra natal do secretário Fabio Novo, atual candidato do PT a prefeito de Teresina.
Segundo o relatório do inquérito da PF, a Dois Candagos recebeu R$ 100 mil em 2016 para fazer festa de carnaval na terra natal de Fábio Novo.
Na conta do Dias
O desvio de recursos na Secult, que fez chover 736 pancadinhas financeiras na conta de Carlos Anchieta, totalizando mais de R$ 1,2 milhão, não pode ser debitado na conta do atual governo.
A bandalheira deu-se quando era governador do Piauí o agora ministro de Lula, Wellington Dias.
As digitais de Fábio Novo estão na papelada que origina as irregularidades, pelo menos é o que diz a PF.
Pode ser maior
O rombo nos recursos da Lei Aldir Blanc (R$ 7 milhões) pode ser maior porque a soma dos recursos destinados a socorrer artistas e técnicos de cultura e entretenimento somam R$ 37,7 milhões.
Os concursos
Foram três editais para prêmios: Maria da Inglaterra (R$ 19,1 milhões), assinados por Carlos Anchieta, entre 14 de outubro e 11 de 9 de novembro de 2020; Seu João Claudino (R$ 10 milhões), com assinatura de Fábio Novo, de 3 a 18 de dezembro de 2020; e Afrânio Castelo (R$ 8,6 milhões), assinados por Carlos Anchieta entre 8 e 21 de dezembro de 2020.
Edital Seu João
Para quem não lembra, no apagar das luzes de 2020, a Secult foi obrigada a desfazer a bandalheira que era grande demais relacionada ao prêmio “Seu João Claudino”. Havia 120 propostas que simplesmente não estavam ligadas à cultura.
O edital destinava R$ 10 milhões via bolsa estímulo e reconhecimento de artistas e iniciativas culturais, com prêmios que variavam de R$ 1,5 mil a R$ 200 mil em duas categorias.
Nisso alguns famosos jornalistas e apresentadores do Piaui lavaram a burra.
Adalmir Miranda
Um dos artistas preteridos em favor dos amigos de Fábio Novo e Carlos Anchieta foi Adalmir Miranda, que tem décadas de atuação no Piauí.
Foi desclassificado, mas jornalistas amigos receberam dinheiro da Lei Aldir Blanc.
Discriminados
Outro que ficou de fora, apesar do seu talento na área e absoluta necessidade do dinheiro foi Moisés Chaves. Ele próprio deplora a situação e chega a maldizer que quem de fato faz cultura no Piauí é perseguido.

Protesto
No dia 24 de dezembro de 2020, diante da falta de transparência e favorecimento de amigos do então secretário Fabio Novo (PT), artistas fizeram um protesto na frente da Secult. Entre eles, o cantor Vavá Ribeiro.

Pergunta
Na ocasião, Vavá fez um desabafo: “Eu gostaria que tivesse mais lisura, transparência. Que tipo de argumento utilizaram para tornar tão irrelevantes projetos maravilhosos, projetos que têm o poder de impactar pessoas. Por outro lado, ateliês de roupas, jornalistas foram premiados”.
Amém
Como se sabe, a Lei Aldir Blanc era para socorrer artistas atingidos pela pandemia da covid-19, mas o dinheiro serviu para favorecer jornalistas que trabalham em veículos de comunicação que dizem amém ao governo.
Pilatos no Credo
Citado no Inquérito da PF que achou as pancadinhas na conta do secretário Carlos Anchieta, Olavo Braz não apenas não tem nada a ver com as roubalheiras investigadas como a entidade que dirige, a Associação dos Devotos do Divino, devolveu os R$ 200 mil transferidos pela Secult.
Olavo, homem católico e que mantém praticamente sozinho o Museu do Divino em Oeiras, nada tem a ver com todo esse lamaçal exposto pela Polícia Federal.
O Sindicato
No inquérito, a PF apontou uma relação muito além da necessária entre a Secult e o Sindicato dos Artistas do Piauí – Sated.
Funcionários da entidade foram beneficiados com recursos.
O Sated ocupa o imóvel na avenida Centenário, zona Norte de Teresina, com aluguel pago pela Secretaria de Cultura.
Cartas marcadas
Outra denúncia apurada no inquérito da PF é a de que o diretor do Theatro 4 de Setembro, João Vasconcelos, se mantém na presidência do Sated graças a um jogo de cartas marcadas.
Além disso, Vasconcelos e outros seriam indicados para o Conselho Estadual de Cultura com o fim de favorecer apenas quem reze na cartilha político-partidária de Fábio Novo.
Escovas separadas
O marido de uma conselheira de tribunal de contas está em sérios apuros. Ela soube de uma pulada fora da curva que ele deu, com uma bela moçoila.
Por favor, não perguntem de que estado é o TCE. Só se sabe que ele foi dormir no quarto de hóspedes.
Pano de toureiro
Falando em marido de conselheira, tem um piauiense que ocupa elevado cargo federal que já, já dará para sua mulher o troféu Pano de Toureiro. É chifre muito.
As boas e más línguas dizem que o homem tem amante por onde anda. E se gaba da resistência física.
Desmonte na Alepi
Hoje, Franze Silva anunciará que irá fazer doação de bens do prédio da Assembleia Legislativa do Piaui para entidades privadas filantrópicas ou benemerentes, quando reconhecidas por lei como de utilidade pública, e órgãos da Administração Pública estadual.

Dinheiro sobrando
Para quem já remontou praticamente o prédio sede do Poder Legislativa, mandou lavar suas paredes, trocar os móveis e outros equipamentos é coisa de nada.
Pode esperar pelo que se vai comprar. Dinheiro tem de sobra.
Fale baixo!
Falam que será lançado o Edital de Chamamento Público para Desfazimento de Bens Móveis Inservíveis do seu acervo patrimonial.
Mas o curioso é que todos já comentam quem serão os ganhadores.
A pancada vai ser grande.