Nove jogadores de futebol já foram afastados de clubes devido ao envolvimento ou menção em investigações da operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP/GO). A operação visa desmantelar um esquema de fraudes para manipular resultados de partidas de futebol, favorecendo apostas esportivas.
O MP/GO anunciou nesta terça-feira (09) que denunciou 16 pessoas à Justiça, relacionadas a 13 jogos manipulados, sendo oito do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, um da Série B de 2022 e quatro de campeonatos estaduais de 2023.
No Paraná, o Athletico Paranaense tomou a decisão preventiva de afastar Bryan García e Pedrinho das atividades com o elenco principal. Enquanto isso, o Coritiba informou que Alef Manga e Jesús Trindade estão fora da partida contra o Vasco, em razão das investigações.
Em Minas Gerais, o América afastou o lateral Nino Paraíba, e o Cruzeiro afastou o volante Richard. No Rio de Janeiro, o Fluminense anunciou o afastamento do zagueiro Vitor Mendes.
Vale ressaltar que esses jogadores ainda não foram denunciados formalmente, mas seus nomes aparecem em supostas conversas dos organizadores do grupo criminoso, despertando suspeitas e levando aos afastamentos.
O meio-campista Fernando Neto foi denunciado na segunda fase da operação Penalidade Máxima e o São Bernardo optou por afastá-lo, nesta quarta-feira (10). Em comunicado, o clube explicou que inicialmente escolheu ouvir o jogador, mas decidiu pelo afastamento após a denúncia apresentada pelo Ministério Público.
O zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, já havia sido afastado pelo clube anteriormente, também por ter sido denunciado na operação.
As defesas dos jogadores alegam inocência e contestam as acusações. A advogada de Eduardo Bauermann, Ana Paula da Silva Corrêa, afirmou que seu cliente nega qualquer participação no esquema e que a defesa irá provar sua inocência.
O advogado Auro Jayme, responsável pela defesa de Fernando Neto, declarou que o jogador, após ser chantageado, apenas simulou participação no esquema, mas nunca executou os pedidos durante as partidas, tendo inclusive devolvido todos os recursos recebidos dos aliciadores. Jayme também exigiu a divulgação de todas as conversas entre o jogador e os criminosos, a fim de evitar pré-julgamentos.
As investigações seguem em andamento.