A caderneta de poupança registrou uma entrada líquida de R$ 8,227 bilhões em maio, o maior volume desde dezembro de 2022, informou o Banco Central nesta quarta-feira (5). Este foi apenas o segundo mês do ano com resultado positivo, sendo o primeiro em março, que apresentou um saldo positivo de R$ 1,339 bilhão.
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) teve um saldo positivo de R$ 5,342 bilhões em maio, enquanto a poupança rural registrou depósitos líquidos de R$ 2,886 bilhões. Em comparação, dezembro do ano passado registrou uma entrada líquida de R$ 13,772 bilhões.
A recuperação parcial da poupança ocorre em um cenário de redução da taxa básica Selic pelo Banco Central. No mês passado, a Selic foi ajustada para 10,50%. Espera-se uma nova redução de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Banco Central, o que pode ser o último corte de 2024.
A redução da Selic influencia diretamente a atratividade da poupança, uma vez que essa taxa impacta os rendimentos das aplicações financeiras.
Apesar do saldo positivo em maio, o acumulado do ano ainda registra uma retirada líquida de R$ 15,548 bilhões. O diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino, mencionou que a instituição está avaliando várias soluções para enfrentar a redução dos depósitos na poupança.
O saldo positivo em maio é significativo porque mostra uma recuperação da confiança dos poupadores, apesar do cenário econômico desafiador. A poupança continua sendo uma opção segura para muitos brasileiros, especialmente em tempos de incerteza econômica.
Com a expectativa de mais uma redução na Selic, o Banco Central continua monitorando a situação e avaliando medidas para incentivar os depósitos na poupança. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será crucial para definir os rumos da taxa básica de juros e seu impacto nas aplicações financeiras.
O desempenho da poupança é um indicador importante do comportamento econômico das famílias e da confiança no sistema financeiro. A recuperação observada em maio é um sinal positivo, mas ainda há desafios a serem enfrentados para garantir a estabilidade e o crescimento dos depósitos no futuro.