O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) suspendeu a venda de lotes de 12 marcas de azeite de oliva no Brasil, após identificar fraudes que comprometeram a qualidade e segurança dos produtos. Dentre essas marcas, sete tiveram todos os lotes retirados do mercado, pois continham outros óleos vegetais misturados ao azeite, o que vai contra os padrões de qualidade estabelecidos pelas normas vigentes. A operação faz parte de uma fiscalização contínua sobre a pureza e origem do azeite vendido no país.
As análises, conduzidas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, mostraram que os produtos das marcas Grego Santorini, La Ventosa, Alonso, Quintas D’Oliveira, Olivas Del Tango, Vila Real, entre outras, continham adulterações que podem representar risco à saúde do consumidor. A mistura de outros tipos de óleos, sem especificação clara de origem, torna o produto impróprio para consumo. As marcas La Ventosa e Quinta de Aveiro, por exemplo, já tinham sido alvo de restrições anteriores pela Anvisa.
O Ministério da Agricultura recomenda que consumidores que tenham adquirido azeites dessas marcas suspendam imediatamente o uso e solicitem a troca ou reembolso, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. Esse tipo de fraude compromete a confiança no mercado e expõe os consumidores a riscos desnecessários, além de prejudicar o segmento de azeites de qualidade.
O azeite de oliva é o segundo alimento mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado. Especialistas como Ana Beloto, azeitóloga e reconhecida no setor, alertam que para garantir a qualidade, os consumidores devem optar por azeites mais frescos e observar características como a embalagem, que deve proteger o produto da luz e do calor, principais inimigos da sua integridade.