O Carnaval de 2025 promete ser o mais lucrativo desde 2015, com estimativa de faturamento de R$ 12,03 bilhões, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esse crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior reflete a força do evento como motor econômico e cultural.
A moda carnavalesca desempenha um papel central, sendo uma importante forma de expressão artística e identidade para os foliões. Os foliões devem gastar, em média, R$ 805,00 com fantasias, alimentação, transporte e adereços, de acordo com levantamento da CNDL e do SPC Brasil. As fantasias e os looks carnavalescos são símbolos de criatividade e diversidade, unindo tendências e referências culturais.
"O Carnaval é uma celebração da identidade e da liberdade. A forma como as pessoas se vestem traduz a alegria, a inclusão e, muitas vezes, mensagens políticas e sociais", afirma o professor Paulo Medeiros, da Wyden.
A popularidade de itens como paetês, plumas e estampas irreverentes reforça a importância da moda no evento. O mercado da moda se reinventa durante o Carnaval, com marcas apostando em peças confortáveis, sustentáveis e criativas. Tecidos leves, recicláveis e brilhantes dominam as coleções, enquanto referências da cultura popular, como figurinos inspirados no frevo e no caboclo de lança, ganham espaço.
"Observamos como as pessoas se vestem nesses eventos para entender para onde a moda está caminhando. O Carnaval é um espaço de experimentação e inovação, onde as pessoas se sentem mais livres para testar combinações ousadas", destaca Medeiros.
Além de refletir a identidade cultural do Brasil, a moda carnavalesca tem se adaptado às demandas por sustentabilidade. Designers investem em materiais recicláveis e biodegradáveis, enquanto foliões apostam na customização como alternativa criativa e econômica.
"No passado, os figurinos eram mais restritos em termos de cores e materiais. Com o avanço tecnológico, materiais sintéticos passaram a ser utilizados, trazendo mais diversidade. Hoje, sustentabilidade é um tema central, com designers apostando em materiais recicláveis e biodegradáveis", explica Medeiros.