PIB do Brasil cresceu 3,4% em 2024, maior expansão em três anos, diz o IBGE

O Produto Interno Bruto do país (PIB) cresceu 3,4% em 2024

Com isso, o PIB per capita alcançou R$ 55.247,45 em 2024, com avanço real de 3% no ano passado ante 2023 – sendo esta a maior elevação da economia no país em três anos. Porém, o PIB poderia ter sido melhor não fosse o mau desempenho da agricultura em razão de mudanças climáticas.

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Indústria cresce 3,3% enquanto agropecuária enfrenta recuo de 3,2%.

Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE indicam O que o melhor desempenho da economia foi puxado pela indústria, que teve alta de 3,3% na comparação com 2023, e pelo setor de serviços, que cresceu 3,7%. A agropecuária recuou 3,2%.

Segundo o IBGE, a queda de 3,2% do PIB no setor agropecuário em 2024 decorreu do fraco desempenho da agricultura, que suplantou a contribuição positiva da pecuária, produção florestal e pesca. 

Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes, ocasionando quedas em suas estimativas anuais de produção, com destaque para a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).

Na Indústria, o destaque positivo foi a construção com alta de 4,3%, corroborada pelo crescimento da ocupação na atividade, da produção de insumos típicos e da expansão do crédito. Houve elevação das indústrias de transformação (3,8%), que foram puxadas, principalmente, pela alta na fabricação: da indústria automotiva e de equipamentos de transporte; máquinas e equipamentos elétricos; produtos alimentícios e móveis. 

Cresceram também a eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%), influenciada pelo aumento das temperaturas médias do ano e as indústrias extrativas (0,5%).

Houve crescimento em todas as atividades que compõem os Serviços: Informação e comunicação (6,2%), outras atividades de serviços (5,3%), comércio (3,8%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,7%), atividades imobiliárias (3,3%), transporte, armazenagem e correio (1,9%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,8%).

Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo cresceu 7,3%, devido aos aumentos da produção interna e da importação de bens de capital, além da expansão da construção e do desenvolvimento de software.

A despesa de consumo das famílias cresceu 4,8% em relação ao ano anterior puxada pela melhora no mercado de trabalho, pelo aumento do crédito e pelos programas governamentais de transferência de renda. A despesa do consumo do governo, por sua vez, cresceu 1,9%.


No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 2,9%, enquanto as importações de bens e serviços subiram 14,7%. Os destaques da pauta de importações foram: produtos químicos; máquinas e aparelhos elétricos; veículos automotores; máquinas e equipamentos e serviços.

PIB varia 0,2% em relação ao 3º tri de 2024


No quarto trimestre de 2024, o PIB apresentou variação positiva de 0,2% contra o trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. A Indústria variou 0,3%, os Serviços apresentaram variação positiva de 0,1%, enquanto a Agropecuária recuou 2,3%, respectivamente.


Entre as atividades industriais, houve crescimento na construção (2,5%), nas indústrias de transformação (0,8%) e nas indústrias extrativas (0,7%). já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,2%) registrou queda.


Nos Serviços, as atividades de transporte, armazenagem e correio (0,4%) e comércio (0,3%) registraram variação positiva. houve estabilidade para atividades imobiliárias (0,1%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) e outras atividades de serviços (-0,1%). Já as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,3%) e Informação e comunicação (-0,4%) apresentaram resultados negativos.

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