O Congresso Nacional aprovou, nesta quinta-feira (20/3), a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, após meses de atraso. Com isso, o reajuste salarial dos servidores públicos federais só será liberado após a sanção presidencial. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que os valores referentes ao pagamento de abril e ao reajuste retroativo serão depositados em 2 de maio.
Reajuste dos servidores
O orçamento destina R$ 27,9 bilhões para os reajustes dos servidores, o que representa um aumento médio de 27%, aplicado de forma escalonada até 2026. O impacto estimado para a União é de R$ 16,2 bilhões.
No ano passado, a maioria das categorias não recebeu reajuste salarial, mas o governo federal realizou uma correção de 52% no auxílio-alimentação, além de aumentos na assistência à saúde complementar (auxílio-saúde) e na assistência pré-escolar (auxílio-creche).
Confira os valores corrigidos:
Auxílio-alimentação: de R$ 658 para R$ 1.000 (aumento de 51,9%);
Auxílio-saúde: de R$ 144 para R$ 215 (aumento de 49,3%);
Auxílio-creche: de R$ 321 para R$ 484,90 (aumento de 51,05%).
Impacto na folha de pagamento
No último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), a folha de pagamento do Executivo representava 2,68% do Produto Interno Bruto (PIB). Durante sua gestão, os funcionários públicos não tiveram reajustes salariais.
Já no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2023, esse percentual passou para 2,61%, e caiu para 2,48% em 2024. Para 2025, a projeção é de que os gastos com a folha de pagamento representem 2,59% do PIB.