O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou em entrevista ao programa A Voz do Brasil, na segunda-feira (7) a nova linha do programa Minha Casa, Minha Vida, que visa atender famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. O governo federal estabeleceu a ambiciosa meta de contratar 3 milhões de novas unidades habitacionais até 2026.
Essa ampliação do programa busca facilitar o acesso à casa própria para a classe média, oferecendo financiamento para imóveis novos ou usados de até R$ 500 mil. A nova linha de financiamento permitirá que as famílias optem por pagar em até 420 parcelas, com uma taxa de juros de 10,5% ao ano.
Jader Filho explicou que, tradicionalmente, a poupança era a principal fonte de financiamento para esse segmento, mas perdeu espaço para outras aplicações financeiras. Para contornar essa situação, o governo decidiu utilizar recursos do Fundo Social, que inclui verbas do pré-sal, somando cerca de R$ 30 bilhões para financiar famílias dentro dessa faixa de renda. O ministro acredita que, neste ano, cerca de 120 mil famílias poderão realizar o sonho da casa própria.
O ministro também ressaltou que a maioria dos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida tem beneficiado as famílias de rendas mais baixas, que anteriormente enfrentavam dificuldades para acessar o crédito imobiliário. Atualmente, a maioria dos financiamentos está concentrada na Faixa 1, que atende famílias com renda de até R$ 2,8 mil. Com as recentes alterações no programa, o subsídio foi aumentado para R$ 55 mil, e a taxa de juros se tornou a menor da história dos programas habitacionais no Brasil, promovendo assim uma maior justiça social.
As faixas do programa foram estruturadas para atender diferentes níveis de renda: a Faixa 1 é destinada a famílias com renda mensal de até R$ 2,8 mil; a Faixa 2 abrange aquelas que ganham entre R$ 2,8 mil e R$ 4,7 mil; a Faixa 3 é para rendas familiares entre R$ 4,8 mil e R$ 8 mil; e a Faixa 4 para aqueles com renda de R$ 8 mil a R$ 12 mil. Com essa nova abordagem, o governo espera não apenas aumentar o número de unidades habitacionais, mas também garantir que mais brasileiros tenham acesso a casa própria.