Bolsas asiáticas reagem ao tarifaço dos EUA

Mercados fecham em alta na China e Hong Kong, mas Japão e Coreia sofrem queda após início da medida

As tarifas comerciais dos Estados Unidos contra a China chegaram ao patamar inédito de 104% nesta quarta-feira (9), após o fim do prazo dado pelo presidente Donald Trump para que Pequim recuasse de sua retaliação. A medida foi confirmada na véspera pela Casa Branca e já começa a impactar os mercados internacionais.

Foto: Reprodução/Freepik


A Ásia sentiu os primeiros reflexos. Os principais índices chineses e de Hong Kong fecharam em alta, enquanto as bolsas do Japão e da Coreia do Sul sofreram quedas significativas. O Nikkei 225, do Japão, encerrou o dia com queda de 3,78%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, recuou 1,74%. Já o índice CSI 1000, da China, subiu 2,21%, e o Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 0,68%.

As tarifas aplicadas pelos EUA contra a China evoluíram em etapas. Inicialmente, somavam 20%, com duas rodadas de taxas de 10%. Em 2 de abril, o governo americano anunciou uma nova tarifa recíproca de 34%, elevando o total para 54%. Diante da resposta chinesa, que também impôs 34% sobre produtos americanos, Trump confirmou mais 50% de sobretaxa, resultando na tarifa atual de 104% sobre as importações chinesas.

Apesar da pressão, a China reafirmou que não recuará e declarou estar pronta para seguir respondendo aos aumentos tarifários. Em comunicado anterior, o governo chinês afirmou que "em uma guerra comercial não há vencedores".

Além da tarifa aplicada à China, os Estados Unidos também iniciaram nesta quarta-feira a cobrança de tarifas individualizadas mais altas sobre países com os quais mantêm maiores déficits comerciais. Desde o início de abril, os EUA vêm adotando medidas mais agressivas no comércio exterior, o que já tem sido chamado de “tarifaço global”.

Trump, por sua vez, segue confiante. Na terça-feira (8), afirmou acreditar que a China aceitará um acordo em breve. 

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