Inflação prevista pelo mercado financeiro cai para 5,55%

Estimativa do IPCA é levemente inferior à anterior, e juros básicos seguem em 14,25%

O mercado financeiro ajustou sua previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passando de 5,57% para 5,55% para o ano de 2025. Essa nova estimativa foi divulgada no Boletim Focus desta terça-feira (22), uma pesquisa semanal do Banco Central (BC) que coleta as expectativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. Além disso, as projeções para os anos seguintes foram levemente ajustadas, com a inflação prevista em 4,51% para 2026 e 4% para 2027.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo
Estimativa para o PIB é de 2% este ano de 2025.

A nova previsão de inflação ainda se coloca acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, o limite superior é 4,5%. Em março, a inflação foi de 0,56%, impulsionada principalmente pelos preços dos alimentos, embora tenha mostrado uma desaceleração em relação a fevereiro, quando o índice foi de 1,31%. No acumulado de 12 meses, o IPCA totalizou 5,48%.

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic, que atualmente está fixada em 14,25% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em março, a taxa foi elevada em um ponto percentual, marcando o quinto aumento consecutivo nesse ciclo de contração monetária. O BC destacou que a economia brasileira segue aquecida, mas existem sinais de moderação em sua expansão, e a inflação, tanto em sua forma geral quanto nos núcleos, permanece em alta.

As projeções do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) permanecem em 2% para este ano, e a cotação do dólar é estimada em R$ 5,90 ao final de 2025. Para os anos seguintes, as expectativas incluem uma taxa Selic reduzida, com previsões de 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028. 

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