Estão abertas as inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), anunciado nesta terça-feira(12). O programa viabiliza o financiamento de cursos superiores em instituições particulares e neste ano, traz uma novidade que é a inclusão do Fies Social, uma categoria especial que oferece condições excepcionais de financiamento, cobrindo integralmente o valor do curso, para estudantes de baixa renda.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o Fies deste ano disponibilizará 112 mil vagas em diversas áreas do conhecimento em todo o território nacional. A metade dessas vagas será destinada à versão social do programa.
Quem Pode Participar?
O Fies Social foi concebido para atender alunos de baixa renda, proporcionando financiamento para cursos de graduação em universidades particulares. Para ser elegível, o estudante deve estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e possuir uma renda familiar per capita de até meio salário mínimo (R$ 706).
Diferenças entre Fies e Fies Social
A principal distinção entre as duas modalidades reside na abrangência do financiamento. O Fies Social, diferentemente do Fies tradicional, pode cobrir até 100% do valor do curso.
Anteriormente, desde 2016, o programa não oferecia empréstimos que cobrissem integralmente os encargos educacionais. A fatia da mensalidade que poderia ser financiada variava conforme a renda familiar, mas não atingia os 100%.
Com o Fies Social, o governo busca atender de forma mais abrangente os estudantes de baixa renda, permitindo que o financiamento cubra a totalidade do curso. Entretanto, é importante ressaltar que os "tetos" do Fies ainda se aplicam à versão social, limitando o financiamento a não ultrapassar R$ 42,9 mil por semestre (ou R$ 60 mil no caso de cursos como medicina), sendo o valor excedente responsabilidade do estudante.
Outra mudança significativa é a flexibilização na escolha dos cursos, permitindo que os alunos se inscrevam em diversas áreas do conhecimento, ampliando suas opções de aprovação.