Ataque à cultura: Veja lista inicial de obras destruídas na invasão ao Palácio

Extremistas destruíram obras de valor inestimável para o país

A destruição provocada por terroristas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas instalações do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) inclui patrimônios históricos e obras de arte que dificilmente poderão ser recuperados. Os extremistas destruíram obras de arte de valor inestimável e roubaram a cópia original da Constituição Federal, de 1988.

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Atos extremistas vandalizaram as sedes dos três poderes em Brasília

O cenário de destruição exibido por jornais assusta, mas o prejuízo é ainda maior que os bens materiais furtados e destruídos nos gabinetes privativos. O vandalismo dos bolsonaristas atingiu obras de arte como a tela “Mulatas”, de Di Cavalcanti, que foi furada em seis pontos, apenas por puro vandalismo.  A sala da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, foi destruída, assim como o gabinete do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta. 

“A Secom foi o lugar mais destruído. Obras de arte, esculturas, obras rasgadas, furadas, quebradas…” — disse Pimenta.

No Congresso, o vitral “Araguaia”, que fica no salão verde da Câmara, foi danificado — a obra da artista Marianne Peretti é de 1977.

Entre itens de valor histórico danificados também está um tapete que, segundo informações do Supremo, pertenceu à Princesa Isabel, filha do imperador D. Pedro II e responsável por assinar a Lei Áurea, que acabou com a escravidão no país.

No STF, segundo apuração do GLOBO, a avaliação é que o dano ao patrimônio histórico é irreparável e que o prédio principal está “completamente destruído”. A escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, foi pichada. De acordo com relatos feitos à reportagem, os terroristas retiraram as cadeiras que os onze ministros usam durante os julgamentos. Um vídeo mostra o grupo carregando a porta do armário usado pelos magistrados para pendurar suas togas durante as sessões. Na imagem, é possível verificar o nome de Alexandre de Moraes.

Veja a lista preliminar de danos causados pelos atos golpistas:

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Obra "Bandeira do Brasil" de Jorge Eduardo, de 1995
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As Mulatas, de Di Cavalcanti, avaliado entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões.
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O flautista, de Bruno Giorgi, escultura avaliada em R$ 250 mil
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Bailarina, de Victor Brecheret, foi destruída pelos vândalos.

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