O brasileiro Danilo Cavalcante, condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos pelo assassinato de sua namorada a facadas, foi avistado por câmeras de segurança na noite desse sábado (9), informou a polícia local. Há 11 dias em fuga, Danilo agora está sem barba e sem bigode.
A busca pelo fugitivo mobiliza dezenas de policiais, drones e helicópteros. As imagens dele escalando as paredes da prisão para escapar se espalharam pelo mundo. Nos últimos dias um jardim botânico, atração turística local, precisou ser fechado após avistamentos de Danilo nas proximidades. Escolas também foram temporariamente fechadas, e moradores foram aconselhados a permanecer em casa. Uma força-tarefa de centenas de agentes de várias organizações, incluindo agentes da SWAT, delegados federais, agentes de polícia estaduais e do condado de Chester estão em busca do brasileiro, até o momento sem sucesso.
O novo avistamento foi registrado pelas câmeras na região de Phoexniville, cerca de 40 km da prisão de onde Danilo escapou. As autoridades acreditam que ele possa ter roubado uma van branca para facilitar sua locomoção.
No flagrante anterior, datado de 4 de setembro, Danilo ainda mantinha uma aparência semelhante à do momento de sua fuga, com barba e bigode.
Danilo foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de sua ex-namorada, Débora Evangelista Brandão, em abril de 2021, na cidade de Phoenixville. A vítima, com 34 anos na época, foi morta a facadas. O Ministério Público do Condado de Chester o classificou como "extremamente perigoso".
Débora Evangelista Brandão vivia nos EUA com seus dois filhos quando foi brutalmente assassinada. As crianças testemunharam o crime. Investigações revelaram que Danilo, desde 2020, ameaçava Débora e que ela havia descoberto que ele era procurado pela polícia do Tocantins como principal suspeito pelo assassinato de um homem em 2017. A descoberta teria sido o motivo do assassinato.
De acordo com autoridades, Danilo fugiu para Porto Rico em 2017 e, posteriormente, entrou ilegalmente nos Estados Unidos, utilizando um documento falso. Ele foi preso duas horas após o assassinato de Débora e condenado pelo crime em 16 de agosto.