A morte do cineasta Vladimir Carvalho, ocorrida nesta quinta-feira (24) após um infarto, gerou uma onda de homenagens e comoção nas redes sociais. Reconhecido como um dos maiores documentaristas do Brasil, Vladimir, diretor de mais de 10 filmes, deixou um legado significativo para o cinema nacional e para a história de Brasília.
Além de sua contribuição artística, o cineasta era guardião da memória cinematográfica, com um vasto acervo que abrigava em sua residência, na W3 Sul, onde planejava, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a criação de um Museu do Cinema.
Entre as personalidades que lamentaram a perda de Vladimir, o deputado Fábio Félix (PSol) destacou sua importância para o cinema nacional, classificando-o como "um dos nomes mais importantes" da sétima arte no Brasil.
A deputada Erika Kokay (PT-PCdoB-PV) reforçou a magnitude da perda, chamando-a de "irreparável" para a cultura brasileira. O cineasta, além de sua carreira prolífica, era conhecido por sua paixão pela preservação da história do cinema, formando uma vasta coleção de itens relacionados ao tema.
O músico André Mueller, integrante da banda Plebe Rude, também prestou sua homenagem, relembrando o documentário "Rock Brasília — Era de Ouro", dirigido por Vladimir Carvalho e lançado em 2011. O filme, que retratou o cenário musical de Brasília durante a década de 1980, marcou uma geração e consolidou o cineasta como um grande cronista da capital federal. A obra se tornou referência tanto para o cinema documental quanto para a história da música brasileira.
O legado de Vladimir Carvalho transcende suas produções cinematográficas, englobando também seu trabalho em prol da preservação cultural. Seu projeto para a criação de um Museu do Cinema representava um esforço em perpetuar a história da sétima arte no Brasil.