Morre Vargas Llosa, prêmio Nobel de Literatura, aos 88 anos no Peru

Vargas Llosa foi autor de obras marcantes da literatura latino-americana, como "A Festa do Bode", "Conversa no Catedral" e "A Guerra do Fim do Mundo".

O mundo das letras perdeu neste domingo (13) um de seus maiores expoentes. Mario Vargas Llosa, consagrado com o Prêmio Nobel de Literatura em 2010, morreu aos 88 anos, em Lima, no Peru. A informação foi confirmada por seu filho, Álvaro Vargas Llosa, nas redes sociais.

Foto: Getty Images
Mario Vargas Llosa, escritor peruano vencedor do Prêmio Nobel de Literatura

“É com profundo pesar que anunciamos que nosso pai faleceu hoje em Lima, cercado pacificamente por sua família. Sua partida entristece, mas nos consola saber que ele teve uma vida longa e frutífera, deixando uma obra que seguirá viva por gerações”, declarou Álvaro. A família informou ainda que não haverá cerimônia pública e que os restos mortais do escritor serão cremados, conforme sua vontade.

Nascido em Arequipa, no sul do Peru, em 28 de março de 1936, Vargas Llosa construiu uma das carreiras literárias mais influentes da América Latina. Criado pela mãe e pelos avós maternos, viveu parte da infância na Bolívia antes de retornar ao Peru, onde iniciou sua formação intelectual.

Ainda jovem, dedicou-se ao jornalismo e, em 1959, mudou-se para Paris, onde trabalhou como tradutor e professor. Lá, lançou os primeiros títulos que o projetariam no cenário internacional, como Os Chefes e A Cidade e os Cachorros. O sucesso se consolidou com obras como A Casa Verde (1966) e Conversa no Catedral (1969), que o inseriram no movimento do "boom latino-americano", ao lado de nomes como Gabriel García Márquez e Julio Cortázar.

Com livros traduzidos para mais de 30 idiomas, Vargas Llosa foi reconhecido com diversos prêmios ao longo da carreira, incluindo o Cervantes, o Príncipe de Astúrias e o Rómulo Gallegos. Em 1993, recebeu a cidadania espanhola e passou a integrar instituições literárias prestigiadas, como a Real Academia Espanhola e a Academia Francesa, tornando-se o primeiro escritor aceito na instituição sem nunca ter escrito em francês.

Apesar de suas posições políticas liberais muitas vezes dividirem opiniões, o autor sempre fez questão de destacar sua fidelidade à literatura como ofício e paixão. “Quando escrevo, a política é secundária. A literatura é algo maior”, afirmou ao receber o Nobel, que o consagrou por retratar com força as estruturas de poder e as lutas individuais frente à opressão.

Em suas obras mais recentes, como O Herói Discreto e Tempos Ásperos, Vargas Llosa explorou a complexidade política e humana da América Latina.

O mundo das letras perdeu neste domingo (13) um de seus maiores expoentes. Mario Vargas Llosa, consagrado com o Prêmio Nobel de Literatura em 2010, faleceu aos 88 anos, em Lima, no Peru. A informação foi confirmada por seu filho, Álvaro Vargas Llosa, nas redes sociais.

“É com profundo pesar que anunciamos que nosso pai faleceu hoje em Lima, cercado pacificamente por sua família. Sua partida entristece, mas nos consola saber que ele teve uma vida longa e frutífera, deixando uma obra que seguirá viva por gerações”, declarou Álvaro. A família informou ainda que não haverá cerimônia pública e que os restos mortais do escritor serão cremados, conforme sua vontade.

Nascido em Arequipa, no sul do Peru, em 28 de março de 1936, Vargas Llosa construiu uma das carreiras literárias mais influentes da América Latina. Criado pela mãe e pelos avós maternos, viveu parte da infância na Bolívia antes de retornar ao Peru, onde iniciou sua formação intelectual.

Ainda jovem, dedicou-se ao jornalismo e, em 1959, mudou-se para Paris, onde trabalhou como tradutor e professor. Lá, lançou os primeiros títulos que o projetariam no cenário internacional, como Os Chefes e A Cidade e os Cachorros. O sucesso se consolidou com obras como A Casa Verde (1966) e Conversa no Catedral (1969), que o inseriram no movimento do "boom latino-americano", ao lado de nomes como Gabriel García Márquez e Julio Cortázar.

Com livros traduzidos para mais de 30 idiomas, Vargas Llosa foi reconhecido com diversos prêmios ao longo da carreira, incluindo o Cervantes, o Príncipe de Astúrias e o Rómulo Gallegos. Em 1993, recebeu a cidadania espanhola e passou a integrar instituições literárias prestigiadas, como a Real Academia Espanhola e a Academia Francesa, tornando-se o primeiro escritor aceito na instituição sem nunca ter escrito em francês.

Apesar de suas posições políticas liberais muitas vezes dividirem opiniões, o autor sempre fez questão de destacar sua fidelidade à literatura como ofício e paixão. “Quando escrevo, a política é secundária. A literatura é algo maior”, afirmou ao receber o Nobel, que o consagrou por retratar com força as estruturas de poder e as lutas individuais frente à opressão.

Em suas obras mais recentes, como O Herói Discreto e Tempos Ásperos, Vargas Llosa explorou a complexidade política e humana da América Latina.

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