O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas e Transportes Rodoviários (Sintetro), protocolou nesta manhã (26) na Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí (OAB-PI) um pedido de impeachment do Prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos). De acordo com o presidente do sindicato, o pedido tem como foco a crise do transporte coletivo e o descaso do gestor com a cidade.
Em conjunto com movimentos estudantis e líderes comunitários, o Sintetro realizou uma manifestação em frente à Câmara dos vereadores na última terça-feira. No momento, um dos lados da avenida Marechal Castelo Branco foi fechada e houve uma audiência entre os representantes do Sintetro, líderes estudantis e comunitários e alguns vereadores para debater os problemas do transporte público e a ameaça de demissão dos cobradores.
O presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, afirmou que os grupos aguardam uma resposta da prefeitura e o impeachment do prefeito foi solicitado pelo descaso que ele estaria demonstrando quanto aos problemas da capital.
De acordo com Antônio, o prefeito está mentindo quando faz promessas de melhorias. Afirma ainda que a proposta de gratuidade, anunciada pela gestão municipal, não passa de uma farsa.
Segundo ele, a Procuradoria-Geral do Município de Teresina apresentou aos sindicatos uma minuta do contrato de concessão de serviço de transporte público, que foi prometido por Dr. Pessoa. Em cláusula, consta que a proposta da minuta irá vigorar a partir do dia 1º de fevereiro de 2023 até o dia 30 de novembro de 2024, antes das novas eleições para prefeito.
“Não somos contra [a gratuidade] de maneira nenhuma e somos até a favor, desde que supra a necessidade da população, que nesse momento quer pelo menos ônibus nas ruas com qualidade e quantidade, que isso não está acontecendo e não é de agora”, disse o líder sindical ao Portal AZ.
O representante sindical ainda aponta que as negociações não foram levadas a sério pela prefeitura. Que não busca resolver o problema que já se arrasta por muitos meses na capital. De acordo com ele, as propostas feitas pela prefeitura não são aceitáveis e o sindicato busca evitar também a demissão em massa de cobradores.
“Sem falar que foi uma aberração apresentada para nós, como sindicalistas, para que a gente venha querer fazer isso com os trabalhadores [demissões] e outra situação foi trazer um empresário do setor de transportes. O que normalmente se discute com Strans e sindicato patronal é trazer o patronal para dentro da strans, discutir com quem? Se ele é o próprio interessado no transporte, não dá para entender", questinou.
A OAB-PI informou ao Portal AZ que não vai se posicionar sobre o fato.