A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária verde será mantida durante o mês de julho. Essa medida beneficia todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), garantindo que não haverá acréscimo além do valor correspondente à energia consumida em cada residência ou estabelecimento.
A decisão da Aneel se baseia nas condições favoráveis de geração de energia no país, especialmente devido ao período de chuvas ocorrido no início do ano. Para o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, esse cenário aumenta as expectativas de que a bandeira verde - em vigor desde abril de 2022 - seja mantida até o final do ano.
O sistema de bandeiras tarifárias, lançado em 2015, tem como objetivo sinalizar o custo real da energia gerada, especialmente em períodos desfavoráveis, como durante a seca. As bandeiras de cores verde, amarela ou vermelha (patamares 1 e 2) indicam se haverá um acréscimo ou redução no valor da energia, de acordo com as condições de geração.
Na bandeira verde, as condições de geração são favoráveis, não havendo custo adicional. Na bandeira amarela, as condições são menos favoráveis e é cobrada uma taxa extra de R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Já na bandeira vermelha 1, a taxa é de R$ 6,50 a cada 100 kWh.
Em 2021, foi introduzida a bandeira de escassez hídrica, utilizada para cobrir os custos de geração, transmissão e distribuição de energia durante períodos de seca, quando é necessário acionar termelétricas, que possuem um custo mais elevado. Essa bandeira esteve em vigor até o início de abril do mesmo ano, cobrando uma taxa de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.