Advogado de Bolsonaro termina assumindo que comprou Rolex de volta

Ele ainda afirmou que não comprou o item a mando de Bolsonaro e sim por conta própria

Ele já mentiu uma vez, ao dizer que não tinha nada com o assunto. Agora diz que comprou, mas não foi a pedido do ex-presidente. 

Frederick Wassef, advogado  do ex-presidente concedeu uma entrevista coletiva na noite desta terça-feira (15) para falar sobre o caso das joias; ele foi alvo de uma operação da PF na semana passada. 

Foto: Reprodução
Frederick Wassef

Veja matéria da CNN Brasil: 

“advogado Frederick Wassef, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), admitiu que recomprou o relógio da marca Rolex que o ex-mandatário recebeu de presente durante viagem internacional e que, segundo investigações, foi vendido ilegalmente por assessores dele.

Apesar disso, Wassef diz que não recomprou o objeto de luxo a pedido de Bolsonaro, mas com seu próprio dinheiro e para cumprir uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

A declaração foi dada em uma entrevista coletiva na noite desta terça-feira (15).

Sim, fui aos Estados Unidos e comprei o Rolex. O motivo de eu ter comprado esse relógio: não foi Jair Messias Bolsonaro que me pediu. Meu cliente Jair Bolsonaro não tem nada a ver com essa conduta, que é minha, e eu assumo a responsabilidade. Eu fui, eu assumo, eu comprei”, afirmou.

O advogado também nega que o pedido de recompra tenha sido feito a ele pelo ex-ajudante de ordens do ex-presidente Mauro Cid.

Questionado porque comprou o acessório de luxo, Wassef disse que só irá revelar à Polícia Federal (PF) ou em outro momento à imprensa após ter acesso ao inquérito.

Isso era para atender a uma determinação do Tribunal de Contas da União. E quem pagou esse Rolex fui eu, do meu dinheiro. E, hoje, eu trago provas documentais”, disse apresentando um comprante da compra.

Resgate

Wassef ainda alegou que não foi “escalado” pelos assessores de Bolsonaro para resgatar o item, argumentando que a viagem aos Estados Unidos, na qual adquiriu o objeto de volta, já estava marcada para seu período de férias.

“Dizer que eu fui selecionado pelos assessores do presidente para fazer o resgate é mentira”, afirmou.

“Eu não fui fazer resgate. Se alguém vai fazer resgate, viaja, fica três dias e volta. Pousei em Miami, fiquei alguns dias lá. Decolai para a Filadélfia, comprei o relógio. Da Filadélfia, fui para Nova York, passei dias lá. De lá, voltei para Miami, onde fiquei outros dias. Depois, fui para Orlando e estive nos parques da Disney e parques turísticos. Quando acabaram as minhas férias, retornei ao Brasil”, completou o advogado.”

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