O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) está intensificando seus esforços nos dias 14 e 15 de setembro, para registrar novos doadores voluntários de medula óssea em quatro municípios do estado. As ações ocorrerão nas cidades de Barras, Esperantina, Cabeceiras e Boa Hora, em comemoração ao Dia Mundial do Doador Voluntário de Medula Óssea, celebrado no terceiro sábado de setembro.
Para muitos pacientes com doenças como a leucemia, o transplante de medula óssea é a única ou principal chance de cura. No entanto, a probabilidade de encontrar um doador compatível é estimada em 1 para 100 mil no Brasil, tornando o cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) fundamental.
Vinício Marques, supervisor do Redome, ressalta a importância da diversidade no banco de doadores voluntários, pois quanto mais diversificado, maiores são as chances de encontrar um doador compatível para os pacientes em espera por um transplante.
Atualmente, o Brasil possui 5.656.183 doadores cadastrados e 650 pacientes na fila de espera por um transplante de medula óssea. O Piauí contribui com 97.104 doadores registrados no Redome. O processo de cadastro pode ser realizado em uma das quatro unidades do Hemopi no estado: Teresina, Parnaíba, Floriano e Picos.
Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 35 anos, com o cadastro permanecendo ativo até os 60 anos de idade. O doador deve estar em bom estado de saúde e não possuir nenhuma doença que impeça o cadastro e a doação de medula óssea. A lista de doenças impeditivas pode ser consultada aqui.
Embora o cadastro seja o primeiro passo, a doação efetiva ocorre apenas quando há compatibilidade com um paciente necessitado. Portanto, é essencial manter os dados atualizados para possibilitar uma localização rápida e eficaz do doador em caso de compatibilidade.
Até o momento, de janeiro a setembro, já foram cadastrados 939 novos doadores de medula óssea no Piauí. O Hemopi continuará suas ações de cadastro em mais cidades do interior do estado até o final do ano. O Brasil possui um dos maiores programas públicos de transplantes do mundo, financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a demanda por órgãos e tecidos ainda é significativa, destacando a importância contínua das campanhas de doação.