O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), recentemente preso sob suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco (PSOL-RJ), afirmou durante a audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, realizada nesta terça-feira (26), que mantinha "uma boa relação" com a vereadora, apesar de algumas "discordâncias de pontos de vista".
Durante a reunião, realizada por videoconferência, Brazão buscou defender sua posição, destacando sua relação com Marielle, apesar das diferenças ideológicas. A prisão preventiva do deputado, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda precisa ser deliberada pela Câmara dos Deputados.
Para que a prisão seja mantida, é necessário o voto favorável de uma maioria absoluta dos deputados, ou seja, 257 votos. No entanto, os deputados federais Gilson Marques (Novo-SC) e Roberto Duarte (Republicanos-AC) solicitaram vista durante a tarde desta terça-feira (27), buscando mais tempo para analisar a legalidade da prisão preventiva.
O pedido de vista foi aceito pela Câmara, adiando a votação. Segundo o regimento interno, a CCJ tem duas sessões para retomar a votação, que provavelmente ocorrerá após o feriado da Semana Santa, devido ao período da Páscoa.