Velório e enterro do Papa Francisco serão fora do Vaticano, em caixão simples

Cerimônias ocorrerão em Roma; pontífice será sepultado na Igreja de Santa Maria Maior
Foto: Reprodução/Kirill KUDRYAVTSEV / AFP
Uma foto do Papa Francisco é exibida na Catedral de Frankfurt, perto da Praça Roemer, no centro de Frankfurt, em 21 de abril de 2025.

O Papa Francisco, que faleceu aos 88 anos na manhã desta segunda-feira (21/4), será enterrado em um caixão simples de madeira e fora do Vaticano, uma prática que não ocorria há mais de um século. A decisão de simplificar os ritos fúnebres reflete as orientações que o próprio pontífice havia publicado, visando uma cerimônia que represente a fé da Igreja em Cristo Ressuscitado. Esta mudança marca um momento significativo na história da Igreja, ressaltando a humildade que sempre caracterizou a liderança de Francisco.

Após a comunicação do falecimento do Papa, um cardeal presidirá o rito de constatação da morte e o depósito do corpo no caixão. Participarão do rito o decano do Colégio Cardinalício, familiares do pontífice e membros da direção de saúde e higiene do Estado da Cidade do Vaticano. O corpo será trasladado para a Basílica Vaticana para homenagens dos fiéis, com a previsão de que isso ocorra na manhã de quarta-feira (23/4). Os detalhes finais da cerimônia serão anunciados na terça-feira (22/4), após a primeira Congregação dos Cardeais.

O enterro do Papa Francisco está programado para ocorrer na Igreja de Santa Maria Maior, em Roma. A tradição de utilizar três caixões — de cipreste, chumbo e carvalho — foi eliminada, seguindo o desejo do pontífice por uma celebração mais simples e acessível. O Vaticano enfatizou que essas mudanças foram pensadas para que a cerimônia refletisse a humildade do Papa e o caráter pastoral do seu legado, diferenciando o funeral de um líder espiritual do que seria uma celebração de uma figura de poder.

O anúncio da morte do Papa foi feito pelo cardeal Farrell, que destacou a dedicação do pontífice ao serviço da Igreja e a promoção dos valores do Evangelho. “Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”, declarou. O cardeal expressou gratidão pelo exemplo de Francisco como um verdadeiro discípulo de Cristo e pediu que sua alma fosse recomendada ao amor misericordioso de Deus, marcando um tributo sincero à sua vida e legado.

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