A Justiça Federal autorizou neste sábado (21) mais bloqueios de bens de suspeitos de financiar os atos terroristas aos prédios do STF, Planalto e Congresso, em Brasília. O valor subiu para R$ 18,5 milhões. Antes era R$ 6,5 milhões.
De acordo com Advocacia-Geral da União (AGU), o valor deverá ser utilizado para ressarcir os cofres públicos pelos danos aos edifícios, no caso de condenação definitiva dos envolvidos.
A AGU obteve o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas suspeitas, após o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal apresentarem ´calculos dos prejuízos causados pela depredação, o órgão fez novo pedido, na quinta-feira (19).
Os danos ao prédio do Palácio do Planalto estão estimados em R$ 7,9 milhões e do Supremo Tribunal Federal em R$ 5,9 milhões. A quantia também engloba o valor atualizado dos prejuízos estimados pela Câmara dos Deputados, que informou danos de R$ 1,1 milhão, sem considerar a restauração das obras de arte danificadas e a destruição e subtração de presentes de chefes de Estado, cujo valor é inestimável.
“Tendo em vista os novos levantamentos efetuados pela Câmara dos Deputados (reduzindo a estimativa inicial), pela Presidência da República e pelo Supremo Tribunal Federal, esses dois últimos até então inéditos, dada a compreensível indeterminação dos prejuízos sofridos, ainda em apuração, impõe-se o seu deferimento [do pedido de bloqueio]”, escreveu na decisão o juiz Francisco Alexandre Ribeiro, 8ª Vara Federal de Brasília.
O juiz também determinou a retirada de três pessoas na lista de suspeitos por não terem relação com o financiamento e fretamento de pessoas aos ataques. São elas: Terezinha de Fátima Issa da Silva, Willian Bonfim Norte e Adriane de Cassia Shcmatz Hagann. Já o nome de Sheila Ferrarini, foi incluido no inquérito por financiar o transporte para os vândalos.