STJ mantém prisão de policiais acusados de asfixiar homem em viatura da PRF

O caso aconteceu em maio do ano passado

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (11) manter a prisão preventiva de dois policiais rodoviários federais acusados de matar Genivaldo de Jesus Santos por asfixiamento dentro de uma viatura da corporação, em maio de 2022.

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
Superior Tribunal de Justiça

De acordo com os ministros do tribunal, os policiais agiram com força desproporcional e contrariamente às normas internas, levando em conta ainda que a vítima tinha problemas mentais e não ofereceu resistência à abordagem.

Em janeiro deste ano, a Justiça de Sergipe determinou que os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos no caso sejam submetidos a júri popular pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.

Imagens veiculadas na internet mostram a ação policial que deixou a vítima presa dentro de uma viatura esfumaçada. O homem se debate com as pernas para fora enquanto um policial rodoviário mantém a tampa do porta-malas abaixada, impedindo o homem de sair ou respirar. Genivaldo teria sido parado pelos agentes por trafegar de moto sem capacete.

Na semana passada, o Ministério Público Federal deu parecer favorável para que a União seja condenada a pagar R$ 128 milhões em danos morais coletivos pela morte de Genivaldo. A questão ainda será analisada pela Justiça.

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