Está agendada uma importante manifestação de mulheres dos movimentos sociais, e familiares de Renata Costa e Janaína Bezerra, para acompanhar os julgamentos dos acusados pelos crimes de feminicídio cometidos contra as moças. Este evento visa a conscientização e busca de justiça em casos que chocaram a sociedade devido à barbárie e impacto nas famílias e na comunidade.
Renata Costa, de 29 anos e oriunda de Nazaré do Piauí, era trabalhadora rural e mãe de duas crianças, incluindo uma com necessidades especiais. Ela foi vítima de um assassinato brutal, cuja autoria recai sobre seu ex-marido, Francisco das Chagas Pereira. Seu desaparecimento em 28 de dezembro de 2020 só foi declarado oficialmente em 24 de março de 2021. O corpo de Renata foi encontrado às margens de uma estrada, apresentando sinais de violência extrema, incluindo ferimentos graves na cabeça e nas costas. O feminicida foi identificado como Francisco das Chagas, que inicialmente tentou ocultar o crime. Sua prisão preventiva ocorreu após uma mobilização social intensa.
Janaína Bezerra, com apenas 22 anos e estudante de Jornalismo, teve seu futuro interrompido em um ambiente acadêmico, na Universidade Federal do Piauí. Seu assassino, Thyago Mayson, também estudante, foi acusado de um ato horrendo que envolveu o estrangulamento e estupro do corpo da vítima. Thyago enfrenta acusações de feminicídio, estupro, vilipêndio de cadáver e fraude processual.
A Frente de Mulheres e o Levante Feminista, junto com familiares e outras organizações sociais, convocam a sociedade a acompanhar os julgamentos, que ocorrerão nos Fóruns das respectivas cidades. Os eventos estão programados para terem início às 8h30 e 9h do dia 17 de agosto.
A busca por justiça nesses casos é acompanhada de perto, destacando-se a importância da resposta adequada do sistema legal a crimes tão graves. As organizações envolvidas ressaltam a necessidade de considerar não apenas as provas técnicas e documentais, mas também a comoção pública, o impacto nas famílias e a influência negativa que a impunidade pode ter na sociedade.
A violência contra as mulheres é uma questão persistente, refletindo um quadro em que as mulheres estão sujeitas a riscos elevados de abusos físicos, psicológicos e até mesmo fatais. As manifestações e lutas contra o feminicídio têm como objetivo despertar a conscientização e mudança cultural, visando proporcionar oportunidades iguais e seguras para as mulheres.
A crescente estatística de feminicídios no Piauí, com aumento de 44% nos primeiros meses de 2023, ressalta a urgência de ações coordenadas entre as esferas pública e privada. O aprimoramento dos sistemas de segurança, educação e justiça é fundamental para prevenir tais crimes evitáveis e para garantir a proteção das vítimas e suas famílias.
A luta por justiça, respeito e igualdade continua, com a sociedade aguardando que a resposta do sistema judicial esteja alinhada com os direitos das mulheres e a dignidade humana. A frase "Quem defende as mulheres defende a humanidade!" resume o apelo por uma sociedade livre de violência de gênero, reafirmando a necessidade de conscientização e ação coletiva.