Pacientes renais que precisam de hemodiálise estão impossibilitados de realizar o procedimento devido à falta de manutenção dos equipamentos no Hospital Getúlio Vargas (HGV). A denúncia foi realizada pela Associação dos Pacientes Renais do Piauí (APREPI) nesta segunda-feira (24).
No total, segundo a APREPI, cerca de 50 pacientes estão sem realizar o procedimento médico.
A vice-presidente da associação, Francisca Nunes contou, por meio das redes sociais, que no último sábado (22) a entidade recebeu a denúncia de alguns pacientes informando que o procedimento estava suspenso no HGV.
"No sábado, tivemos reclamações de pacientes falando que o HGV não estava prestando serviço de hemodiálise, era para ocorrer no segundo turno, e não dialisaram. Hoje, os pacientes do primeiro e segundo também não conseguiram atendimento", diz.
Nunes diz que os atendimentos são realizados por turno, sendo pela manhã ou tarde, e cada sessão recebe cerca de 13 pacientes. Conforme os denunciantes, o problema ocorreu por causa da falta de manutenção dos equipamentos usados para o procedimento.
O Portal AZ entrou em contato com a assessoria do HGV, que se manifestou por meio de nota.
De acordo com a unidade de saúde, ocorreu um problema em parte do equipamento da hemodiálise e cada paciente está sendo avaliado conforme a gravidade do quadro clínico.
Confira a nota do HGV na íntegra
“A direção do Hospital Getúlio Vargas (HGV) informa que, durante o final de semana, parte do equipamento de Hemodiálise da unidade de saúde apresentou problema. Informa ainda que as providências para manutenção já foram tomadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI).
Quanto aos pacientes, os médicos nefrologistas do HGV estão avaliando cada caso e os que estiverem com urgência no procedimento serão atendidos ainda hoje nas máquinas de Hemodiálise das UTIS do HGV. Os demais pacientes também serão avaliados e atendidos”.
Indicada para pacientes com insuficiência renal grave, a hemodiálise é um procedimento feito através de uma máquina que limpa e filtra o sangue, fazendo o trabalho que o rim doente não pode fazer.
O procedimento expele do corpo resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e líquidos, sendo essencial para manutenção da saúde dos acometidos.