O julgamento de Thiago Mayson, acusado de estuprar e assassinar a estudante de jornalismo Janaína Bezerra, está marcado para o dia 17 de agosto. Em resposta a esse evento, o Coletivo de Advocacia Popular Piauiense (APP) convocou uma manifestação programada para ter início às 8h30, em frente ao Fórum de Teresina, no mesmo dia do julgamento. O objetivo da manifestação é pressionar pela condenação do réu.
A frente popular de mulheres do Piauí está liderando o manifesto, de acordo com informações da APP. Em um comunicado divulgado, o coletivo esclareceu que a manifestação é uma iniciativa independente, visando destacar a importância de um processo judicial ágil e justo.
"A família confia em nós e nós confiamos na justiça! Um coletivo de advogada/os populares que se esforçam diariamente para cumprir o mister com humildade e ética. Com movimentação INDEPENDENTE e pro bono, lutamos para que esse caso seja precedente de justiça ágil, respeito às garantias processuais e reparação histórica a partir de abordagens também pedagógicas", afirma um trecho da nota divulgada pela APP.
Thiago Mayson enfrentará julgamento no Tribunal do Júri, em processo agendado pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, com início programado para as 8h30. O acusado responde por homicídio com duas qualificadoras – meio cruel e feminicídio – além de outros três crimes: estupro de vulnerável, fraude processual e vilipêndio de cadáver.
Relembrando o Caso:
Janaína Bezerra, uma jovem de apenas 22 anos, foi encontrada morta em uma sala da Universidade Federal do Piauí (UFPI) após uma festa de recepção de calouros que ocorreu entre a noite de sexta-feira, 27 de janeiro, e a madrugada de sábado, dia 28. Poucas horas após o crime, Thiago Mayson foi preso e, no domingo seguinte, sua prisão preventiva foi decretada pela justiça.
Em depoimento à polícia, Mayson afirmou que já conhecia a vítima e que haviam tido encontros anteriores. Segundo seu relato, ambos estavam presentes em uma "calourada" na UFPI. Por volta das 2h, ele a convidou para irem a um corredor e, em seguida, dirigiram-se a uma sala de aula, onde alega que tiveram relações sexuais consensuais. Segundo seu depoimento, a vítima teria perdido a consciência em duas ocasiões após o ato sexual, sendo a última por volta das 4h.
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