Polícia conclui inquérito e indicia seis por assassinato de Vinícius Gritzbach

Entre os indiciados estão líderes do PCC e policiais militares; três estão foragidos

A Polícia Civil paulista anunciou na sexta-feira (14), a conclusão do inquérito que investiga o assassinato de Vinícius Gritzbach, ex-colaborador e delator da facção criminosa PCC, executado a tiros no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024. O crime foi motivado pela delação de Gritzbach, que havia mandado matar dois aliados de líderes do grupo criminoso na região metropolitana de São Paulo.

Foto: Reprodução
Vinícius Gritzbach é executado após ordens para assassinar aliados de líderes do PCC.

O indiciamento envolve seis pessoas, incluindo policiais militares. Os indiciados são: Emílio Carlos Gongorra Castilho (Cigarreira) e Diego dos Santos Amaral (Didi), ambos líderes do PCC e considerados mandantes do crime; Kauê do Amaral Coelho, um informante que monitorou Gritzbach e avisou os executores; e os policiais militares Fernando Genauro, Denis Antonio Martins e Ruan Silva Rodrigues, que foram apontados como os executores do assassinato. Os três primeiros indiciados estão foragidos, enquanto os policiais encontram-se presos no Presídio Militar Romão Gomes, onde a polícia solicitou a conversão das prisões temporárias para preventivas.

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Gritzbach era réu por homicídio e estava envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao PCC. Em 2024, ele assinou uma delação premiada com o Ministério Público, na qual entregou nomes de pessoas ligadas à facção e acusou policiais de corrupção. O assassinato ocorreu no dia 8 de novembro de 2024, quando Gritzbach foi alvejado na área externa do aeroporto. As câmeras de segurança registraram a ação, que também resultou na morte de um motorista de aplicativo que estava no local.

Até o momento, a polícia prendeu 26 pessoas por envolvimento no caso, incluindo 17 policiais militares e cinco policiais civis. Quatro outros detidos são suspeitos de terem relações com um homem que atuou como “olheiro” durante o crime. A Polícia Civil informou que um valor milionário foi oferecido pelos traficantes para a execução do delator, e investigações adicionais estão em andamento para apurar a rede de apoio ao crime, em um segundo inquérito que está sendo conduzido.

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