A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (19) a Operação Falsas Aparências, visando desarticular um esquema de fraudes que causou prejuízos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O nome da operação refere-se ao uso de documentação fraudulenta para a obtenção de benefícios previdenciários. A operação, realizada em parceria com a Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP), cumpriu três mandados judiciais de busca e apreensão nos municípios de Parnaíba e Cocal, no Piauí.
As investigações revelaram um sofisticado esquema de fraudes envolvendo a falsificação de documentos para obtenção indevida de benefícios previdenciários e assistenciais. Como parte da ação, a Justiça Federal também determinou o sequestro de bens e valores equivalentes a R$ 3 milhões, montante que representa os prejuízos verificados até o momento.
Os suspeitos estariam envolvidos em crimes de lavagem de dinheiro, com um dos investigados utilizando documentos falsos para justificar um padrão de vida elevado nas redes sociais. Um dos investigados é acusado de simular o exercício de profissões legais para justificar o alto padrão de vida que exibe em suas redes sociais.
Os levantamentos feitos pela PF indicam que mais de 100 benefícios foram concedidos com indícios de fraude, destacando a gravidade da situação. Os investigadores descobriram que os suspeitos recrutavam pessoas interessadas em obter benefícios indevidos e manipulavam documentos, incluindo aqueles assinados por profissionais da saúde, para sustentar os pedidos fraudulentos na esfera administrativa e judicial.
Além disso, um esquema foi montado para manipular advogados a fim de formalizar essas solicitações, o que evidencia a complexidade da fraude. Os envolvidos poderão ser responsabilizados por crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.
A investigação é parte da Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista, que integra esforços entre a Polícia Federal, o Ministério da Previdência Social (MPS) e o Ministério Público Federal (MPF), com o objetivo de combater crimes contra os sistemas previdenciário e trabalhista.
A operação, que destaca a utilização de documentação fraudulenta, é um alerta sobre as práticas ilegais que prejudicam o sistema de seguridade social do país. E a Polícia Federal informa que não haverá concessão de entrevistas sobre o caso.