Em um pronunciamento curtíssimo, de somente dois minutos e três segundos, o presidente Jair Bolsonaro, derrotado domingo (30) na tentativa de se reeleger, não conheceu a vitória do adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda foi dúbio quanto à condenação dos atos antidemocráticos como o fechamento de estadas.
Um pouco antes de falar, mais de 44 horas após os resultados da eleição, Bolsonaro virou-se para seu ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e disse: “Eles vão sentir saudade da gente, né?".
Bolsonaro nem parabenizou Lula nem citou o nome do presidente eleito.
Bolsonaro também não admitiu explicitamente a derrota, se disse vítima do sistema, mas não fez acusação a qualquer órgão ou pessoa. Sua fala foi de pouco mais de dois minutos. Mas ao se pronunciar, o entendimento é o de que acata o resultado, embora lance dúvidas sobre o processo.
Sobre as manifestações de bolsonaristas fechando estradas, o presidente afirmou que Manifestações pacíficas são bem-vindas, mas não podemos repetir método da esquerda”.
“Sempre fui rotulado como antidemocrático. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Sempre continuarei cumprindo todos os mandamentos na nossa Constituição”, disse o presidente, que agradeceu aos 58 milhões de eleitores que depositaram votos nele.
O presidente estava acompanhado da maioria dos ministros – como Ciro Nogueira, que após o pronunciamento do presidente disse que vai realizar a transição.