O portal Estadão informa nesta quarta-feira que entre os quinze congressistas que mais movimentaram recursos de emendas de relator, também chamada de orçamento secreto, três são senadores piauienses: Eliane Nogueira (PP), mãe do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil); Elmano Ferrer (PP) e Marcelo Castro (MDB), atual relator do orçamento da União para 2023. Juntos, eles destinaram R$ 636,9 milhões a suas bases eleitorais.
A senadora Eliane Nogueira, que está no mandato por seu suplente do filho, senador Ciro Nogueira, é a segunda no ranking de congressistas com maior volume de verbas no orçamento secreto, com R$ 399,3 milhões repassados a municípios da base eleitoral do filho dele.
Com emendas que somam R$ 124,4 milhões, o senador Elmano Férrer é o 15º na lista e Marcelo Castro, do MDB, o 15º, com R$ 113,2 milhões.
Segundo o site, o terceiro no ranking de transferências do orçamento secreto é o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), com R$ 357 milhões.
Depois de Lira vêm os senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Eduardo Gomes (PL-TO) e Daniella Ribeiro (PSD-PB), seguidos do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) e do senador Marcos Rogério (PL-RR).
Rogério, que foi da “tropa de choque” do governo Bolsonaro na CPI da Covid, admitiu ter apadrinhado R$ 184,1 milhões.
Pelo orçamento secreto o dinheiro público não precisa ser justificado e nem fiscalizado. Aliás, nem mesmo o parlamentar a quem coube a liberação, precisa ter seu nome revelado e, muito menos, o do gestor que recebeu esse presente.