O relator-geral do orçamento, senador Marcelo Castro, disse que a prioridade será a saúde e educação. Ele esteve na tarde deste domingo (11), em Brasília, com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar o relatório. O texto está previsto para ser aprovado até quinta (15) na comissão de orçamento.
“Viemos até aqui mostrar como está sendo criado o espaço orçamentário com a PEC, fomos mostrar como será recomposto, apresentando as modificações que achamos necessárias. A equipe de consultores continuará reunida, vamos fazer um serão para apresentar amanhã à noite e chegar na última semana de trabalho aprovado na Comissão de Orçamento”, disse Castro.
A proposta foi aprovada no Senado, mas ainda vai passar pela Câmara. O fechamento do orçamento está relacionado diretamente com aprovação da PEC. A proposta de emenda à Constituição aumenta o teto de gastos públicos em R$ 145 bilhões por dois anos para conseguir manter o auxílio Brasil em R$ 600 a partir de 2023. O benefício também deve voltar a se chamar Bolsa Família.
Segundo o senador, com a movimentação provocada pela PEC, cerca de R$ 22 milhões podem ser direcionados para a saúde. Posteriormente para a educação, com recursos para as Universidades e Institutos Federais e merenda escolar.
"Depois vêm as outras coisas. Por exemplo, Minha casa minha vida, que tem, para 2023, apenas R$ 34 milhões, quando precisaríamos, em média, de R$ 10 bilhões por ano. É uma parte que precisou também ser recomposta para funcionar", declarou o Castro.
Além de Lula, também estavam presentes na reunião o senador Wellington Dias, que fará a articulação do futuro governo sobre o orçamento no Congresso, o indicado ao Ministério da Fazenda, Fernando Haddad o vice-prefeito eleito Geraldo Alckmin, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, o coordenador de grupos técnicos da transição. Aloizio Mercadante e o futuro ministro da casa civil, Rui Costa.