A maioria dos políticos deve a agiota. Esses pegaram dinheiro emprestado a juros para financiar a campanha eleitoral. Os valores, segundo o economista César Fortes, vão ser retirados de emendas parlamentares e obras feitas com o dinheiro público na base da rachadinha.
Para o economista, que já foi secretário de Planejamento em várias gestões - estadual e municipal - os que não foram eleitos terão mais dificuldades, porque os agiotas não perdoam dívidas. Segundo ele, os órgãos de controle fracassaram em fiscalizar ou se envolveram na corrupção e isso passa uma sensação de impunidade. Que o crime compensa. É o que passa, que o crime de roubo de dinheiro público no Brasil, compensa, concluiu o economista.
Relação promíscua
Até agora não se sabe o que disseram à polícia os traficantes e receptadores presos em recente operação policial.
Fonte da polícia chegou a revelar que entre os presos, um deles, Ítalo Freire, teria distribuído dinheiro entre deputados federal e estadual. Ou seja, lavava o dinheiro que teria sido usado na compra de votos.
Coincidentemente ou não, falam que um dos deputados estaduais mais votados teria usado pelo menos R$ 8 milhões da quadrilha. O deputado federal eleito muito mais,,teria movimentado perto de R$ 20 milhões.
Muito se disse entre amigos dos traficantes e receptadores que eles estariam dispostos a fazer delação premiada, contando tudo sobre a relação comercial com os candidatos, para amenizar a pena em eventual condenação.