O próximo ministro da Economia, Fernando Haddad, escolheu dois nomes de destaque no campo econômico-financeiro – Gabriel Galípolo e Bernard Appy, para compor as principais áreas do Ministério da Fazenda. Segundo a economista e professora da ESPM, Cristina Helena Pinto de Mello, os dois profissionais reúnem as qualidades necessárias para contribuírem no novo governo.
“A escolha de Gabriel Galípolo para compor a equipe econômica reduz assimetrias ao incorporar um gestor acostumado a lidar com o mercado financeiro. Incorpora também um economista capaz de compor, articular e desenhar propostas de política para uma agenda estratégica, desenvolvimentista e voltada à Reindustrialização”, diz.
Para a especialista, Galípolo possui, entre suas expertises, uma pauta monetária que remete à integração latino-americana “É uma agenda que atende à reconfiguração de cadeias produtivas regionais ao mesmo tempo que atende à intenção de uma nova inserção internacional da economia brasileira”, afirma.
Já Bernard Appy, ainda segundo a especialista, reúne boas qualidades, pois é um gestor público experiente, político, pesquisador e profundo conhecedor do tema com proposição relevante para uma agenda de transformação do sistema de arrecadação. “Sua nomeação é coerente com a prioridade anunciada para a reforma tributária e, não haveria nome melhor para conduzir este desafio adiado há décadas. A reforma do sistema de tributos é uma bala de prata. Se bem usada e direcionada pode, ao mesmo tempo, melhorar a administração e gestão da arrecadação por simplificá-la, aumentar a competitividade das empresas que operam em território nacional. Podem reduzir conflitos entre estados da federação, reduzir preços aumentando a renda real dos trabalhadores e, finalmente, reduzir as desigualdades inerentes à tributação indireta”, diz Mello.
A especialista está disponível para comentar o assunto.
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