Diferente de Lula que alertou que o ministro que errar será convidado a sair, o governador Rafael Fonteles não fez, de público, em sua posse, qualquer advertência nesse sentido ao secretariado. Alertou-os, no entanto, que eles tem que usar a comunicação, para se comunicar com o povo.
“Se o secretário não conseguir se explicar bem as decisões dos seus atos teremos problema”, alertou o governador, mas mesmo lendo - e sendo informado - informações de supostos “negócios nebulosos” já envolvendo secretários com fornecedores do governo, Rafael não fez qualquer referência.
No encontro com os ministros semana passada, Lula foi muito camarada, solidário: “Estejam certos que eu estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada. Não deixarei nenhum de vocês”.
Mas logo em seguida Lula foi direto ao ponto: “Quem fizer errado, sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça.”
Um assessor do governo do Estado chegou a informar ao Portal AZ que Rafael Fonteles preferiu tratar questões mais delicadas diretamente com cada auxiliar. E principalmente as relacionadas a pagamentos que nem sempre estarão na determinação do secretário de cada área, mas são da alçada tanto do governador como do titular da fazenda.
Esse assessor citou, por exemplo, que se uma secretaria ou departamento receber o crédito - feito pela Fazenda - de valor correspondente a uma fatura de determinada empresa, o pagamento tem que ser imediatamente repassado, sem precisar sequer que o dono da conta vá implorar ou negociar o recebimento. “Assim será feito”, conclui.